A Thomson Airways, que tinha uma encomenda de um 787 agendada para o fim de fevereiro, afirmou que a entrega foi adiada e ainda não há uma nova data definida (Lucy Nicholson/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 12h40.
Londres - A Boeing informou nesta sexta-feira que alertou seus clientes para o risco de atraso nas entregas de curto prazo dos 787 Dreamliners. A companhia continua a trabalhar com reguladores para identificar as causas dos acidentes com baterias que resultaram na paralisação das operações de sua frota.
A Thomson Airways, que tinha uma encomenda de um 787 agendada para o fim de fevereiro, afirmou que a entrega foi adiada e ainda não há uma nova data definida. "Nossa prioridade é garantir que nossos clientes viajem e, por isso, estamos com planos para usar aviões alternativos para nossos voos maiores ao México e à Flórida se a entrega não for realizada até o fim de março", disse a Thomson.
Na segunda-feira, a Norwegian Air Shuttle já havia informado que recebeu uma notificação da Boeing de que a entrega de seus Dreamliners está em risco devido à investigação sobre as baterias.
A companhia aérea iria receber o primeiro dos aviões pedidos no fim de abril deste ano, mas já toma precauções para o eventual um atraso. "No caso de o 787 não estar em operação a tempo para os serviços para Nova York e Bangcoc, uma aeronave será alugada para garantir que os voos ocorram conforme o previsto", informou a companhia.
Já a British Airways aguarda o recebimento da primeira de 24 aeronaves 787 em maio. Um representante da empresa afirmou que "a entrega ainda está prevista para maio". Esse também é o caso da Virgin Atlantic, que espera receber 16 Dreamliners em meados de 2014 e afirmou que não foi alertada de qualquer risco para essa entrega.
A investigação tenta identificar a causa do superaquecimento da bateria de íon-lítio de um Dreamliner que se encontrava na pista do Aeroporto Internacional de Logan, em Boston.
A falha na bateria se repetiu em Dreamliners operados pelas japonesas Japan Airlines (JAL) e All Nippon Airways (ANA), o que levou à determinação de que todos os 50 aviões do modelo em operação no mundo permaneçam no chão até que a questão seja solucionada. As informações são da Dow Jones.