Boeing MAX 737: analistas reduziram estimativas de entrega para 2019. (Jason Redmond/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de maio de 2019 às 11h32.
São Paulo - A Boeing assumiu neste sábado que teve que corrigir falhas no software dos simuladores de voo destinados a formação de pilotos do 737 MAX 8, modelo de avião envolvido nos dois acidentes que deixaram mais de 300 mortos.
Segundo a agência de notícias AFP, a Boeing não precisou a data em que notou os defeitos no programa nem se comunicou o fato aos órgãos reguladores. É a primeira vez que fabricante de aviões norte-americana admite um defeito de concepção do equipamento do 737 MAX.
"A Boeing fez correções no software do simulador de voo do 737 MAX e forneceu informações complementares aos operadores do aparelho para garantir que a experiência com o simulador seja suficiente para cobrir as diferentes condições de voo", informou a companhia em comunicado.
Segundo a fabricante de aviões, o software utilizado nos simuladores era incapaz de reproduzir algumas condições de voo, em especial aquelas que resultaram no acidente do 737 MAX de Ethiopian Airlines, em 10 de março, em Adís Abeba, apenas minutos após a decolagem, causando a morte de 157 pessoas.