Negócios

BNDES libera R$ 2,7 bi para fábrica de celulose do JBS

A unidade deve entrar em operação no final de 2012 e terá capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose de eucalipto por ano

Rebanho do JBS nos Estados Unidos: consultoria BCG destaca a trajetória de aquisições da companhia, que se tornou o maior processador de carne bovina do mundo (John Blake)

Rebanho do JBS nos Estados Unidos: consultoria BCG destaca a trajetória de aquisições da companhia, que se tornou o maior processador de carne bovina do mundo (John Blake)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 18h48.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um crédito de R$ 2,7 bilhões para a Eldorado Celulose e Papel, empresa controlada pelo grupo JBS, para financiar parte da construção de uma fábrica em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. O empreendimento, cujo investimento total é estimado em R$ 5,1 bilhões, deve ser a maior fábrica de celulose do mundo, informou o BNDES em nota.

A unidade deve entrar em operação no final de 2012 e terá capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose de eucalipto por ano. A expectativa é que mil empregos diretos e quatro mil indiretos sejam criados pela fábrica naquela região. O apoio financeiro do BNDES equivale a 53% do valor total aportado nessa primeira linha da fábrica. O projeto prevê ainda outras duas linhas, cada uma com a mesma capacidade de 1,5 milhão de toneladas por ano.

O BNDES informou que o financiamento cobrirá investimentos sociais na região onde será instalado o empreendimento. Um dos motivos do apoio do banco é incentivar a entrada de uma nova empresa no setor de celulose, no qual o Brasil tem se destacado no cenário internacional. O incremento na produção brasileira poderá aumentar as exportações brasileiras de celulose, influenciando positivamente a balança comercial, pontuou o BNDES.

Ainda segundo o BNDES, a fábrica será autossuficiente em energia e ainda poderá vender um pequeno excedente (50 megawatts) de sua geração. A área onde a fábrica será erguida já foi utilizada para pastagens e fica próxima a reservas de eucalipto já constituídas. "O projeto adotará as mais avançadas tecnologias disponíveis no setor e as melhores práticas ambientais, de modo a permitir alta capacidade de produção com menor utilização de recursos naturais e geração de resíduos", atestou o BNDES.

Uma das vantagens da localização do empreendimento na Região Centro-Oeste é o fácil acesso ao Rio Paraná, que permite o escoamento da produção por cabotagem até São Paulo, além da existência de ferrovias que interligam o Estado ao Porto de Santos, destacou o banco de fomento.

O BNDES tem elevado os desembolsos para a indústria de celulose. Recentemente, concedeu uma linha de crédito para a Suzano, que vai construir uma fábrica no Maranhão. Só nós últimos dez anos, o banco liberou R$ 14 bilhões para empreendimentos de celulose. A carteira do banco para o setor acumula R$ 12 bilhões, incentivando investimentos que somam quase R$ 25 bilhões. O banco também tem sido um grande incentivador do grupo JBS, especializado em frigoríficos, principalmente no financiamento a aquisições no exterior. O grupo está diversificando seus investimentos através da participação da J&F Participações S/A, empresa holding da JBS S/A, na Eldorado.

Acompanhe tudo sobre:BNDESCarnes e derivadosEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpréstimosJBSMadeiraPapel e Celulose

Mais de Negócios

CEO bilionário: 'Acordei às 4h30 nas férias para trabalhar – e assim passar os dias em família'

Mauricio de Sousa e Sebrae se unem para inspirar meninas a empreender

Energia por assinatura pode gerar até 20% de economia para empresas. Veja como

Ele era vendedor ambulante. Hoje, é dono de construtora e faz R$ 1,5 bilhão no setor imobiliário