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Suzano compra Fibria e cria gigante de papel e celulose

Nesta quarta-feira, o BNDES aprovou a fusão das duas maiores empresas de celulose do país

Fribria: O banco receberá “parte significativa” em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões (Rich Press/Bloomberg)

Fribria: O banco receberá “parte significativa” em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões (Rich Press/Bloomberg)

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Clara Cerioni

Publicado em 16 de março de 2018 às 07h18.

Última atualização em 16 de março de 2018 às 11h30.

São Paulo – O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou, na noite desta quinta-feira, a fusão entre Fibria e Suzano Papel e Celulose.

A consolidação das duas maiores produtoras de celulose do país transforma a companhia resultante numa líder mundial em celulose. A Paper Excellence, que também estava na disputa, apresentou na noite da última quinta-feira uma nova proposta de aquisição, que foi rejeitada.

A operação, segundo comunicado divulgado pelo BNDES, foi coordenada pelo BNDESPAR, banco de fomento que detém participação tanto na Suzano, quanto na Fibria. "As negociações foram conduzidas em comum acordo com a Votorantim S/A, com quem a BNDESPAR compartilha o controle da Fibria".

O banco informa que receberá "parte significativa" da venda em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões, além de receber ações da companhia resultante.

O resultado da fusão, segundo o comunicado, consolida a estratégia do BNDES de monetização a preços adequados de participações societárias maduras em grandes empresas e permite a geração de caixa para novos investimentos em empresas startups e scaleups.

Veja a nota do BNDES na íntegra

"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de sua subsidiária de participações acionárias, a BNDESPAR, aprovou a consolidação entre as empresas Suzano e Fibria. As negociações foram conduzidas em comum acordo com a Votorantim S/A, com quem a BNDESPAR compartilha o controle da Fibria.

A operação consolida as duas maiores empresas de celulose do País, e transforma a companhia resultante na líder mundial em celulose de mercado. A composição da forma de pagamento ao BNDES concilia o recebimento de parte significativa em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões, e o recebimento de ações da companhia resultante, com a perspectiva de valorização a partir dos ganhos sinérgicos e de produtividade advindos da transação.

Dessa forma, o BNDES dá prosseguimento à sua estratégia corporativa, de monetização a preços adequados de participações societárias maduras em grandes empresas, permitindo a geração de caixa para novos investimentos em fundos de apoio a empresas startups e scaleups, entre outras. A operação é inteiramente garantida por consórcio de bancos privados e sua conclusão está sujeita à aprovação de agências antitruste.

Histórico O fim das negociações encerra ciclo exitoso de participação da BNDESPAR na Fibria, que teve início em 2009, com aporte de capital para a criação da empresa resultante da combinação entre Votorantim Celulose e Papel e Aracruz Celulose.

Desde então, a Fibria obteve resultados em diversas dimensões, desde o fortalecimento das práticas de governança — notadamente a migração para o Novo Mercado —, o robustecimento da sua estrutura de capital e a obtenção do grau de investimento.

As ações prepararam a companhia para um ciclo de expansão que resultou no fortalecimento da indústria nacional de celulose e gerou aumento de exportações, com reflexos na balança comercial e na geração de empregos".

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