Com a expansão do horário de funcionamento do comércio varejista, diversos setores como o de vestuário e eletroeletrônicos retomaram a importação de produtos (SAM PANTHAKY/AFP via/Getty Images)
Apesar do aumento de preços e das dificuldades logísticas da pandemia, o mercado está positivo em relação às vendas do período de Black Friday. E, segundo a Asia Shipping, multinacional brasileira líder no agenciamento de cargas, há previsão de um crescimento superior a 10% na movimentação de cargas marítimas durante a data, se comparado a 2020.
Mesmo com os impasses no setor, como falta de espaço em contêineres e aumento dos fretes, a companhia acredita que será possível atender as demandas na alta temporada de vendas do fim de ano.
Setores como vestuário e eletroeletrônicos deverão continuar como os principais importadores do período. "A falta de equipamentos para o transporte marítimo é um dos fatores que desencadearam o aumento do lidetime, que é o tempo de fabricação do produto até sua chegada ao consumidor final. Com um planejamento antecipado, as indústrias estão conseguindo suprir a diferença de prazos e entregar ao mercado o que está sendo demandado", comenta Rafael Dantas, Diretor Comercial da Asia Shipping no Brasil.
Alguns segmentos, que não são tão voltados para a Black Friday, também estão conquistando o mercado. A crise energética, por exemplo, tem gerado uma boom de compras de equipamentos de energia solar. "As perspectivas do mercado neste segundo semestre de 2021 são bem positivas, comparando ao mesmo período de 2020. Neste ano, além das datas sazonais, algumas crises setoriais acabaram resultando em um forte impulso de produtos específicos, como, por exemplo, os painéis e placas solares", relata Dantas.
Somente no ano passado, a companhia movimentou cerca 400 mil contêineres, o que demonstra o bom momento, mesmo com o cenários adverso do pós pandemia.