Bitfy: app atua como carteira digital e permite a compra e a venda de criptos de forma instantânea (BITFY/Divulgação)
exame.solutions
Publicado em 6 de abril de 2022 às 09h47.
Como as criptomoedas não possuem regulamentação por órgãos governamentais, seja o Banco Central, seja a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), quem as compra via corretoras precisa confiar na intermediação. Isso porque, caso a empresa enfrente algum problema, não há garantias concretas de que o cliente vá recuperar seus ativos.
Foi para solucionar essa dor que surgiu Bitfy, o superapp de criptomoedas que dá ao cliente a custódia própria de suas criptos. Com isso, o investidor passa a ser o único a ter as chaves privadas de segurança que dão acesso às moedas digitais.
Além de ser uma plataforma de intermediações financeiras e serviço de pagamentos, a Bitfy atua como carteira digital e permite a compra e a venda de criptos de forma instantânea.
“Nosso diferencial é desenvolver tecnologia proprietária, que nos conecta a nível de protocolo com a blockchain das principais moedas, disponibilizando funcionalidades que oferecem autonomia e comodidade aos nossos usuários”, explica Tony Marchese, CMO de Bitfy.
Mas o que chama mesmo a atenção dos usuários é a possibilidade de usar as criptomoedas como forma de pagamento na compra de produtos e serviços, seja via boleto, seja em máquinas da Cielo. (Apesar da compra ser feita em cripto, os estabelecimentos recebem em reais).
A plataforma também permite compras de giftcards com desconto em mais de 70 parceiros, entre eles iFood, Evino, Rappi, Outback, Netshoes, Microsoft, Hering e McDonald’s.
Os clientes também têm a possibilidade de transferir valores a amigos entre as principais criptomoedas do mercado (entre carteiras), ou converter as moedas digitais em reais. Neste caso, a transferência pode ser feita para qualquer conta bancária registrada no Brasil.
Criada em dezembro de 2019 pelo desenvolvedor Lucas Schoch, a Bitfy passou a valer R$ 120 milhões depois de receber um investimento no valor de R$ 13,3 milhões em dezembro do ano passado.
O aporte, da investidora americana Borderless Capital, com participação de Algorand, Dash Investment Foundation e de investidores-anjo, foi um passo importante para a contratação de desenvolvedores de tecnologia blockchain, e o investimento em aquisição, conversão e retenção de usuários no app.
“Existe um número crescente de investidores de criptomoedas, mas são poucas as pessoas que utilizam os ativos em seu dia a dia. Foi pensando em ampliar a oferta para este público que criamos a funcionalidade de efetuar pagamentos com criptomoedas de forma fácil, segura e com poucos cliques”, diz o CMO.
O nível de segurança, reforça o executivo, é alto. Além de uma proposta inovadora, a Bitfy utiliza uma infraestrutura tecnológica desenvolvida por ninguém menos do que a Elytron, cujo cofundador foi responsável por identificar vulnerabilidades em gigantes como Google, Apple, NASA e Pentágono.