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Bilionário de Hong Kong quer criar rival africano da Netflix

A PCCW está planejando um serviço de vídeos on-demand para a África do Sul, segundo fontes

Richard Li, o bilionário que controla a PCCW (Paul Hilton/Bloomberg News)

Richard Li, o bilionário que controla a PCCW (Paul Hilton/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 22h08.

A PCCW Ltd., controlada pelo bilionário Richard Li, de Hong Kong, está planejando um serviço de vídeos on-demand para a África do Sul que competiria com a Netflix Inc. e com o ShowMax, da Naspers Ltd., segundo duas fontes informadas sobre o assunto.

A unidade HKT da PCCW lançará o serviço de entretenimento já na semana que vem, disse uma das fontes, que pediu anonimato porque o produto ainda não é público.

O conglomerado de telecomunicações PCCW comprou uma participação majoritária do serviço móvel de vídeos on-demand Vuclip em março e planeja expandi-lo para novos mercados, incluindo a África.

Os serviços de streaming estão mirando a África em um momento em que as redes sem fio se tornam mais difundidas e confiáveis, possibilitando a entrega de vídeos em uma região onde as linhas fixas são escassas.

Os usuários locais acessam conteúdo em dispositivos móveis produzidos por empresas como a nigeriana IRoko Partners Ltd.

Li, o filho caçula do presidente do conselho da Cheung Kong Holdings Ltd., Li Ka-shing, está buscando crescimento além do setor de telecomunicações, que respondeu por quase 86 por cento das vendas da PCCW no ano passado. Sua empresa de vídeos Vuclip tem 7,5 milhões de assinantes, cerca de 6 milhões deles na Índia.

Custos do streaming

A PCCW preferiu não comentar o assunto em resposta enviada por e-mail. As ações da empresa caíram 1,5 por cento, para 4,08 dólares de Hong Kong, no fechamento do mercado de Hong Kong, dando à empresa um valor de 30,8 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 4 bilhões).

A ação está em baixa de 23 por cento neste ano.

Entre os desafios para capturar uma potencial audiência africana de mais de 1 bilhão de pessoas está o de convencer os usuários a aceitarem os custos dos dados resultantes do streaming.

A Naspers planeja reduzir o preço permitindo que os clientes baixem o conteúdo em vez de realizarem o streaming quando expandir o ShowMax para fora da África do Sul.

A Netflix busca expandir-se para 200 mercados até o fim do ano, incluindo a África, para aumentar o crescimento das receitas fora dos mercados da América do Norte e da Europa, onde a concorrência é pesada.

A empresa com sede em Los Gatos, na Califórnia, EUA, que fornece o maior serviço de streaming de vídeo por assinatura do mundo, estreou na Nova Zelândia e na Austrália em março e no Japão na semana passada.

O ShowMax está mirando o grupo de 1 milhão de usuários de linha fixa da África do Sul antes de expandir-se pelo continente.

A Naspers, maior empresa da África em valor de mercado, é uma editora de 100 anos que publica jornais em africâner e que está se transformando em uma empresa on-line e investidora em startups de tecnologia de mercados emergentes.

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