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BHub capta mais R$ 40 milhões para seguir meta de ser "back office as a service" de outras startups

O negócio da startup de São Paulo é dar conta de processos sem ligação com a atividade fim de outras startups. Aberta em 2021, BHub já levantou 180 milhões de reais

Jorge Vargas Neto, fundador da BHub: "A gente quer que a liderança empreendedora possa focar no que ela é boa" (Divulgação/Divulgação)

Jorge Vargas Neto, fundador da BHub: "A gente quer que a liderança empreendedora possa focar no que ela é boa" (Divulgação/Divulgação)

LB

Leo Branco

Publicado em 13 de setembro de 2022 às 09h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2022 às 15h30.

Após captar 116 milhões de reais numa rodada Série A no fim de 2021, a startup BHub anuncia nesta terça-feira, 13, uma extensão de 40 milhões de reais no valor captado há alguns meses, elevando o montante da Série A a 156 milhões de reais.

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Como opera a BHub

O negócio da BHub é dar jeito em todo tipo de processo necessário para o funcionamento de uma empresa, mas sem relação com a atividade fim da empresa em si.

Na lista estão burocracias como ordens de pagamento a funcionários e fornecedores, resolução de pendências jurídicas e por aí.

"Somos um backoffice as a service", diz o fundador Jorge Vargas Neto, uma figura bastante conhecida nas rodas de empreendedores da capital paulista. "A gente quer que a liderança empreendedora possa focar no que ela é boa."

Em planos com assinatura mensal, os clientes da BHub selecionam serviços como gestão de contas a pagar e receber, gestão de folha e benefícios, contabilidade e jurídico.

A vantagem é a economia de recursos — uma vantagem e tanto num cenário de crédito mais caro para as empresas de tecnologia.

Na conta da BHub, os clientes conseguem uma economia média mensal entre 20.000 e 40.000 reais.

"Há caso de um cliente que economizou mais de 1 milhão de reais no ano após uma revisão de seu regime tributário feita por nós", diz Vargas Neto.

O modelo de negócio da BHub é similar ao do unicórnio americano Pilot, avaliado em 1,2 bilhão de dólares em março do ano passado após aporte liderado pelo fundo do bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon.

Quem são os fundadores

Antes de fundar a BHub, em junho de 2021, Vargas Neto trabalhou quase uma década no escritório de advocacia Pinheiro Neto assessorando empresas de tecnologia. David Vélez, fundador do Nubank, foi um dos clientes.

O contato frequente no universo empreendedor fez dele um empreendedor também: Vargas Neto fundou a Biva, fintech de crédito vendida ao PagSeguro em 2017, e a ZenFinance, startup de crédito adquirida pela Rappi em 2020.

Além de Vargas Neto, estão no negócio Fernando Ricco, Vanessa Muglia e Marcelio Leal.

A rodada anunciada hoje tem a liderança da gestora americana Moore Capital, com a participação do braço de venture capital da rede de empreendedorismo global Endeavor.

Além deles, estão sócios dos fundos:

  • DST
  • Monashees
  • Valor
  • Picus Capital
  • Norte Ventures
  • BFF Ventures

A Monashees e Valor já haviam liderado a Série A da BHub, em dezembro de 2021. Também participaram da rodada:

  • QED Investors
  • Picus Capital
  • ClocktowerVC
  • Fundadores de unicórnios como iFood, Rappi, Olist e Vtex

Com esse novo aporte, a fintech chega a 180 milhões de reais recebidos pouco mais de um ano após sua fundação.

“Com todo o reajuste que estamos vendo no mercado de venture capital, a extensão da nossa rodada em valuation 50% maior que nossa Série A reafirma a posição de liderança da BHub", diz Vargas Neto.

Onde serão investidos os recursos

Os recursos da extensão serão direcionados à expansão dos serviços prestados pela BHub. Um dos alvos é uma plataforma chamada Hub do Empreendedor, um dashboard gratuito que, conectado à conta bancária da empresa e ERPs, dá acesso a gráficos e indicadores financeiros, como burn rate e runway, muitas vezes obscuros no dia a dia de quem gere um negócio.

Com pouco mais de um ano de existência e um time de 150 funcionários, a startup já atendeu mais de 400 empresas e planeja chegar a 700 até o final de 2022.

"Neste cenário de escassez de capital, a procura por nossos serviços tem crescido muito, pois os empreendedores estão buscando meios de economizar e estender o runway de suas empresas”, diz Vargas Neto.

Do valor total recebido dos aportes, a BHub gastou menos de 20 milhões de reais até agora. O resto do valor segue intocado.

O objetivo é guardar caixa para planos ambiciosos — uma expansão a países da América Latina está no radar.

“Queremos ajudar os empreendedores a crescerem suas empresas ao mesmo tempo que economizam recursos. O Hub do Empreendedor é nossa contribuição ao ecossistema neste momento desafiador”, diz.

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