BHP Billiton: a BHP tem dois tipos de joint ventures nas quais não opera as minas, disse, de acordo com uma transcrição de seus comentários divulgada pela empresa (Robert Cianflone/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2015 às 15h09.
Londres - A anglo-australiana BHP Billiton disse nesta segunda-feira que avalia duas outras joint ventures de mineração, no Peru e na Colômbia, depois do desastre da Samarco no Brasil, mina que detém em conjunto com a Vale.
A BHP disse a analistas e investidores que está examinando as estruturas de sua joint venture de carvão Cerrejón, na Colômbia, e na joint venture de cobre e zinco Antamina, no Peru, depois do desastre no Brasil.
Duas barragens romperam-se em 5 de dezembro em Minas Gerais, matando pelo menos nove pessoas e cobrindo áreas de dois Estados com lama e rejeitos de mineração.
"Avaliaremos, para nosso próprio benefício... os arranjos que temos na Samarco que reproduzem arranjos similares que temos em Antamina e Cerrejón", disse o presidente-executivo da BHP, Andrew Mackenzie, em teleconferência.
A BHP tem dois tipos de joint ventures nas quais não opera as minas, disse, de acordo com uma transcrição de seus comentários divulgada pela empresa.
Em alguns negócios, principalmente no de petróleo, a parceira da empresa é a operadora, enquanto no caso da Samarco, da Cerrejón e da Antamina, há uma companhia independente que é detida em conjunto.
"Esse (segundo tipo) é o tipo de arranjo que temos que analisar e temos avaliado, para ser honesto, para decidir... se um modelo mais do tipo do petróleo pode ser mais apropriado no futuro".
Cerrejón, na Colômbia, uma das maiores minas de carvão a céu aberto do mundo, é dividida em partes iguais pela BHP, pela Anglo American e pela Glencore.
Antamina é a maior mina de cobre e zinco do Peru. A BHP e a Glencore, cada, detêm fatias de 33,75 por cento, enquanto a Teck Resources tem 22,5 por cento e a Mitsubishi tem 10 por cento.