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Bertin torna-se controladora da Vigor e entra para o mercado de lácteos

Grupo conhecido pela atuação no agronegócio passa a participar da gestão do dono das marcas Vigor, Leco e Danúbio

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 19h54.

Gigante dos setores de agropecuária, infra-estrutura e energia, o Grupo Bertin anunciou nesta segunda-feira (26/11) a compra de 56% do capital social da Goult Participações, detentora de 74,59% do Grupo Vigor, fabricante dos produtos com as marcas Vigor, Leco, Danúbio e Faixa Azul. O negócio torna o Bertin controlador indireto do Vigor, em gestão compartilhada com a Goult.

Dono do segundo maior frigorífico do país e conhecido por sua forte atuação no mercado de carnes, o Bertin passa a ser um dos maiores players brasileiros também na área de produtos lácteos. Segundo o fato relevante enviado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), nesta segunda-feira, as empresas acreditam que o negócio trará sinergias que permitirão ampliar as categorias de produtos da Vigor, otimizar as cadeias logísticas e aumentar a escala para aquisição de materiais de embalagens, manutenção e outros insumos.

Com faturamento de 543 milhões de reais entre janeiro e setembro de 2007, 13% maior do que os 474 milhões de reais registrados no mesmo período do ano anterior, o Grupo Vigor conta com um portfólio de 18 categorias de produtos, como leites de saquinho e de caixinha, maioneses, margarinas, iogurtes, queijos, sobremesas e achocolatados.

Já para a Bertin, o negócio faz parte da estratégia de ampliação acelerada das áreas de atuação. Fundada em 1977, a empresa começou suas operações no agronegócio, mas aos poucos tem se expandido para a construção civil, a exploração de concessões de rodovias e saneamento básico, além de usinas de biodiesel e álcool e participação num resort.

Um impulso considerável para essa ampliação foi a entrada recente de duas das maiores empresas alimentícias do Brasil, a Sadia e a Perdigão, no mercado de criação de gado. Como resposta, o Bertin planeja aumentar em 30% sua capacidade instalada de abate de gado, até o fim de 2008, mas também estuda investir em aves e suínos, uma forma de evitar que a concorrência entre companhias com múltiplas áreas de atividade diminua seu poder de competição (veja aqui matéria de EXAME sobre as mudanças no setor de carne no Brasil ).

O grupo Bertin também se prepara para abrir capital na Bovespa, outra resposta às tendências do setor, consolidada pela entrada da Friboi e da JBS no mercado de ações.

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