Trecho Sul do Rodoanel: o grupo arrematou a concessão em novembro de 201 (Mário Rodrigues/Veja SP)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2011 às 18h20.
São Paulo - Na próxima quinta-feira, dia 10 de março, o Grupo Bertin e o Governo do Estado de São Paulo e assinam contratos para a construção do Trecho Leste e para a gestão da concessão do Trecho Sul do Rodoanel. Após a formalização será dado início imediato à implantação do planejamento e à programação das desapropriações necessárias para a construção do novo trecho do Rodoanel, segundo a empresa.
Nessa semana o Bertin pagou a outorga de 389 milhões de reais, incluindo correções, relacionada à construção do trecho leste e à operação do trecho sul do Rodoanel. No dia oito de fevereiro, a empresa havia postergado em um mês o pagamento – essa possibilidade de extensão de prazo era prevista em contrato. O novo vencimento seria na próxima semana.
Além de pagar a outorga, a empresa garantiu os recursos de capital próprio para o primeiro ano do trecho Leste do Rodoanel. Como parte desta fase de implantação, também foram emitidas apólices de seguro-garantia de cerca de 410 milhões de reais, por intermédio do consórcio das seguradoras Chubb, Zurich e Liberty.
O grupo arrematou a concessão em novembro de 2010 e ela exige, além da outorga, investimentos de 5 bilhões de reais, sendo 4 bilhões de reais apenas na construção do trecho Leste, que terá 43,5 quilômetros - o trecho Sul, de 61,4 quilômetros, já está operando. A elevada necessidade de investimento do trecho Leste fez com que a outorga tivesse um valor mais baixo.
O consórcio SPMar (formado pelas empresas Contern e Cibe, ambas do Grupo Bertin) apresentou deságio de 63,35% sobre o valor-teto estipulado pelo governo. Os valores de pedágio ficaram em 2,1991 reais para o trecho Sul do Rodoanel e de 1,6493 real para o Leste do Rodoanel, segundo a Artesp. O edital determina que a obra deve ser entregue no prazo de 36 meses a partir da assinatura do contrato, e os outros investimentos devem ser feitos ao longo do contrato de concessão. Uma vez terminada a obra, o grupo assume os dois trechos, somando 105 quilômetros, por um prazo de 35 anos.
No último mês, a empresa de energia do grupo, a Gaia, anunciou sua saída do consórcio de Belo Monte.