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Telefônica vai ficar muito forte com GVT, diz Bernardo

Ministro disse que compra da GVT pela Telefônica poderá criar uma concentração de mercado


	Telefônica: "se o negócio se concretizar, a Telefonica Vivo vai ficar muito forte", disse o ministro
 (Dominique Faget/AFP)

Telefônica: "se o negócio se concretizar, a Telefonica Vivo vai ficar muito forte", disse o ministro (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 18h08.

São Paulo - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que, caso seja confirmada a compra da GVT pela Telefônica, isso será concentração de mercado.

"Se o negócio se concretizar, a Telefonica Vivo vai ficar muito forte. Claro que é concentração de mercado", destacou.

"Isso vai ter que ser avaliado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Têm algumas questões regulatórias que terão que passar pela Anatel. Tem que ser examinado", apontou.

O ministro destacou que ficou sabendo das negociações entre as empresas ontem à noite, por telefone, pois foi informado pelas partes que hoje seria divulgado um fato relevante, "que com certeza é muito relevante".

Bernardo disse que o Poder Executivo vai observar o transcorrer dos fatos que envolvem as negociações comerciais entre Telefônica e GVT. "O governo não pode e não vai tomar nenhuma iniciativa para fazer consolidação de mercado", avisou.

"Por outro lado, ela não é proibida, a não ser que contrarie alguma norma regulatória", ponderou. "Em tese, não vou me manifestar sobre essa história da Telefônica e GVT", disse.

"Para o consumidor, sempre é bom ter muitas empresas e ter concorrência entre elas para o consumidor ter mais opções", opinou. "Se surge uma questão como essa é evidente que os órgãos do governo têm que examinar", acrescentou o ministro.

Sobre o discursos de consolidação de mercado de empresas de telecomunicações em geral , o ministro fez um comentário sem meias palavras.

"Eu particularmente acho que quando o cara fala 'ah, nós precisamos consolidar o mercado' é um eufemismo para dizer que um peixe grande vai comer um peixe pequeno", afirmou.

"Como as leis preveem essa possibilidade e estabelecem as condições para que isso possa ser feito, o governo vai simplesmente analisar a proposta. Se isso estiver conforme a lei, vai ser aprovado", concluiu.

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