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BBC reduz número de apresentadores e enviados especiais

Emissora não é mais obrigada a mandar um jornalista para todos os conflitos internacionais e culpou a crise pelos cortes

BBC: cortes para sobreviver a crise (Chris Bayley/Wikimedia Commons)

BBC: cortes para sobreviver a crise (Chris Bayley/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 16h54.

Londres - A emissora pública britânica BBC reduzirá o número de repórteres enviados a conflitos internacionais e cortará também a quantidade de apresentadores em seu canal de notícias, como uma medida de economia para enfrentar a crise.

A direção da BBC tinha pedido ao organismo supervisor da emissora, o BBC Trust, que permitisse relaxar a obrigação de utilizar sempre um jornalista no local para narrar as notícias internacionais mais relevantes junto ao apresentador no estúdio.

O BBC Trust admitiu esse pedido nesta quarta-feira, mas ressaltou que o canal deve se esforçar para manter seu 'conteúdo e estilo distintivos'.

O anúncio chega apenas quatro meses após a cadeia pública revelar um plano para suprimir 2 mil empregos até 2017 como medida para cortar despesas, o que também ajudará o fechamento de alguns escritórios e a redução da programação.

O canal de notícias da BBC, que funciona 24 horas por dia, quase duplicou seu número de espectadores nos últimos anos: 20% dos adultos britânicos declararam ter visto BBC News Channel entre 2010 e 2011, comparado com 11,5% entre 2006 e 2007.

'Está claro que os espectadores do canal de notícias da BBC consideram que é um serviço distintivo, que oferece uma cobertura e uma perspectiva que não podem encontrar em outro lugar', disse David Liddiment, membro do BBC Trust, que insistiu para que a cadeia mantenha a 'amplitude e profundidade' em suas coberturas.

Liddiment ressaltou que 'a audiência confia' no canal público de notícias para se informar sobre os acontecimentos mais relevantes, como 'os distúrbios em Londres no verão, o casamento do príncipe William, o terremoto do Japão e a primavera árabe'.

Além da redução no número de apresentadores, o supervisor da emissora pública aceitou o corte na programação econômica do canal de notícias, que passará a ser oferecida em pílulas duas vezes ao dia, ao invés de ser exibida de hora em hora, como acontecia até então.

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