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BB diz que inadimplência deve cair, mesmo com aumento de crédito

Banco do Brasil, no entanto, preferiu, neste primeiro momento, não alterar as estimativas para o ano

Agência do BB: aposta de que a qualidade dos clientes não vai piorar (Fernando Lemos/VEJA Rio)

Agência do BB: aposta de que a qualidade dos clientes não vai piorar (Fernando Lemos/VEJA Rio)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 3 de maio de 2012 às 12h14.

São Paulo - A carteira de crédito do Banco do Brasil cresceu 19% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado e deve continuar no mesmo ritmo ao longo do ano. Mesmo com volume de crédito maior, o banco acredita que o índice de inadimplência deve ser menor, principalmente, a partir do segundo semestre.

Até março, a inadimplência do BB atingiu 2,2% para operações vencidas há mais de 90 dias. "Mesmo com o crescimento da carteira, nossas operações estão baseadas em menores riscos", disse Ivan Monteiro, vice-presidente de gestão financeira e relação com investidores do banco, em coletiva com a imprensa.

Apesar do crescimento da oferta de crédito, o banco, por enquanto, não pretende fazer nenhuma alteração nas estimativas anunciadas para o ano, e a carteira de crédito deve crescer entre 17% e 21%.

Recente

"Não alteramos nenhuma premissa, porque trata-se de um período ainda muito curto de mudança de comportamento. É cedo para fazer qualquer prognóstico", disse Monteiro.

De acordo com Alexandre Abreu, vice-presidente de negócios de varejo do BB, os desembolsos totais diários do banco vêm crescendo em média 30% após o anúncio do programa BOMPRATODOS, que visa reduzir as taxas de juros de algumas linhas de crédito do banco.

"O comportamento da inadimplência deve determinar se faremos novos anúncios nas nossas taxas de juros", disse Abreu. Apesar disso, o banco já tem programado mais dois anúncios para redução das taxas de crédito consignado para pessoa física e administração de alguns fundos de investimentos.

Resultados

O Banco do Brasil divulgou, nesta quinta-feira, os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano. No período, o lucro do banco caiu 14,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 2,5 bilhões de reais.

O banco atingiu a marca de 1 trilhão de reais em ativos, 16% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. "Nosso crescimento é baseado em uma carteira de crédito maior", disse monteiro.

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