Negócios

Bancos alemães terão que se desfazer de € 600 bi em ativos

Credores querem vender cerca de € 637 bi (US$ 833 bilhões) em ativos como imóveis e empréstimos para navegação, bem como dívida soberana


	Entre as instituições com maior número de ativos "não essenciais" estão as maiores vítimas alemãs da crise financeira mundial, incluindo os resgatados Hypo Real Estate, WestLB e Commerzbank
 (Daniel Roland/AFP)

Entre as instituições com maior número de ativos "não essenciais" estão as maiores vítimas alemãs da crise financeira mundial, incluindo os resgatados Hypo Real Estate, WestLB e Commerzbank (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 17h06.

Frankfurt- Os bancos alemães estão sentados em mais de 600 bilhões de euros em ativos indesejados, ressaltando a magnitude do desafio de reestruturação do sector financeiro do país, quase cinco anos após o colapso do Lehman Brothers.

Segundo cálculos da Reuters com base nos relatórios anuais de grandes bancos alemães, os credores querem vender cerca de 637 bilhões de euros (833 bilhões de dólares) em ativos como imóveis e empréstimos para navegação, bem como dívida soberana -o equivalente à produção econômica anual dos Países Baixos.

Entre as instituições com maior número de ativos "não essenciais" estão as maiores vítimas alemãs da crise financeira mundial, incluindo os resgatados Hypo Real Estate, WestLB e Commerzbank.

A pilha de ativos indesejados cresceu desde que reguladores globais obrigaram os bancos a reservar mais capital para ativos de risco, uma regra que obrigou muitos a reduzir drasticamente seus balanços.

Os ativos que não poderiam ser vendidos imediatamente foram estacionados nas chamadas unidades bancárias não essenciais, o que segundo especialistas poderia durar décadas.

"O desmantelamento destas carteiras vai demorar um tempo muito longo, não seria nenhuma surpresa se levasse 20 anos", disse Andreas Steck, sócio da Linklaters na Alemanha.

O setor bancário "non-core" surgiu após os bancos terem sido obrigados a rever seus modelos de negócios, na esteira da crise.

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