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Banco Schahin pode ter desviado R$ 156 mi, diz jornal

Pequeno banco que se tornou insolvente e foi vendido em 2011 ainda revela escândalos: segundo a Folha, Polícia Federal investiga desvio de conta na Suíça


	Polícia Federal abriu inquérito para investigar dinheiro que sumiu de conta do Schahin na Suíça
 (Polícia Federal/Divulgação)

Polícia Federal abriu inquérito para investigar dinheiro que sumiu de conta do Schahin na Suíça (Polícia Federal/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2013 às 11h29.

São Paulo - O Banco Schahin está sendo investigado por suspeita de desvio do equivalente a 156 milhões de reais mantidos em conta na Suíça em 2011, antes de se tornar insolvente. As informações estão contidas em documentos sigilosos do Banco Central que fazem parte de um inquérito da Polícia Federal, obtidos pelo jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a publicação, o dinheiro havia sido enviado legalmente para o banco Clariden, em Zurique, e aparecia no balanço do Schahin. Porém, a conta foi zerada pelos suíços, mas o Schahin não tomou qualquer medida legal contra o banco para reaver o valor, diz o jornal, citando o relatório.

Questionado pelo BC sobre a omissão, o Schahin limitou-se a responder que se absteve de "tomar medidas formais de cobrança contra o Clariden", diz a Folha. Ao jornal, o Schahin não negou o sumiço do dinheiro.

Segundo o jornal, uma das hipóteses da Polícia Federal é que o dinheiro tenha sido usado para quitar débitos do grupo no exterior ou um empréstimo com o Clariden. Mas especialistas em crimes financeiros ouvidos pela reportagem teriam dito que não há dúvida de que houve desvio.

Em nota à Folha de S. Paulo, o Schahin afirmou que continua contestando o suposto desaparecimento de recursos, mas não informou em que órgão ou instância. O banco teria dito em nota, ainda, que se tratava de uma operação de "hedge" (proteção dos ativos) liquidada com documentos que não eram do banco e, portanto, por ele contestados. Os recursos, de acordo com a nota, não teriam sido pagos ao Schahin ou a qualquer outra empresa do grupo.

Após de ser vendido para o BMG descobriu-se um rombo de 1,1 bilhão de reais no Banco Schahin, resultado de supostas fraudes e outras irregularidades que passaram a ser investigadas pelo Banco Central. Segundo o BC, a instituição mentia sobre seus números, inflando balanços com créditos duvidosos para esconder suas dificuldades financeiras e concedendo empréstimos a empresas do mesmo grupo, o que é proibido.

O Schahin era um banco pequeno, com foco em crédito consignado e financiamento de carros usados. Pertencia ao grupo homônimo, dono de negócios em várias áreas, inclusive com contratos bilionários com a Petrobras.

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