Banco Inter: no começo de abril, banco bateu a marca de 5 milhões de correntistas (Banco Inter/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2020 às 06h32.
Última atualização em 19 de maio de 2020 às 14h29.
Os investidores saberão nesta terça-feira, 19, após o fechamento de mercado, se o Banco Inter seguiu os concorrentes e aumentou o colchão contra calotes – antevendo uma piora no cenário econômico por causa da crise provocada pelo novo coronavírus.
A expectativa dos analistas é que o lucro líquido do Inter alcance 17 milhões de reais, bem acima dos 12 milhões de reais obtidos no mesmo período do ano passado e abaixo dos 24,7 milhões de reais registrados no quarto trimestre de 2019, de acordo com consenso de mercado divulgado em relatório do BTG Pactual.
O aumento do provisionamento para devedores duvidosos também deve acompanhar o crescimento natural da carteira de crédito. De acordo com prévia operacional divulgada pelo banco em abril, a originação de crédito no primeiro trimestre alcançou 1,3 bilhão de reais, o que representa um avanço de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse volume é reflexo da alta de 73% da originação de crédito para empresas, que somou 649 milhões de reais, de 13% do crédito consignado para 328 milhões de reais e de 147% do crédito consignado, que atingiu 376 milhões de reais.
O número de clientes também deve atrair a atenção dos investidores. No primeiro trimestre, o banco Inter atingiu 4,9 milhões de correntistas e, em 7 de abril, bateu a marca de 5 milhões. Com isso, o volume transacionado em cartões aumentou 21,7 vezes para 2,8 bilhões de reais.
Mas não serão apenas os dados do balanço que devem chamar atenção dos acionistas. Os programas lançados para mitigar os efeitos nefastos da crise para os clientes devem ser citados pelo banco Inter, que, no fim de abril, anunciou que vai antecipar, sem custos, 250 milhões de reais a empresas e negócios individuais ligados a vendas pagas com cartão de crédito.
O benefício vale para clientes do banco com empresa aberta há pelo menos um ano e para vendas com prazo de até 90 dias. O empresário que precisar de um prazo maior pagará taxa de 1% ao mês, por até 36 meses. O banco também anunciou outra linha de até 300 milhões de reais para pequenos e médios varejistas dos shoppings administrados pela brMalls.