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Banco Inter descarta negociação para venda do controle

Presidente-executivo do banco digital, João Vitor Menin, afirmou que as especulações mostram que a instituição virou um player relevante no mercado

João Vitor Menin: presidente do banco Inter negou que haja negociações para vender o controle da instituição (Nacho Doce/Reuters Business)

João Vitor Menin: presidente do banco Inter negou que haja negociações para vender o controle da instituição (Nacho Doce/Reuters Business)

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Reuters

Publicado em 23 de junho de 2020 às 16h18.

Última atualização em 23 de junho de 2020 às 17h05.

O Banco Inter não está em negociações para eventual venda de participação acionária da companhia e não tem no radar uma possível venda do controle, disse nesta terça-feira o presidente-executivo do banco digital, João Vitor Menin.

"No momento, não tem nenhuma negociação para alienação de participação acionária", disse Menin em entrevista à Reuters. "Especulações sobre eventual interesse no Banco Inter mostram que viramos um player relevante no mercado", acrescentou o executivo, ressalvando que "negociar o controle não está no horizonte".

A unit do Banco Inter deu um salto de quase 20% na véspera, em meio a especulações sobre o possível destino dos recursos que o BTG Pactual pretende captar no mercado por meio de uma oferta subsequente de ações.

Segundo o executivo, com os efeitos da pandemia da Covid-19, entre eles o crescimento do e-commerce, o marketplace criado pelo Banco Inter em agosto passado atingiu neste mês a marca de 2,5 milhões de reais diários em transações. Isso ajudou a ampliar as receitas não financeiras do banco, já que as operações de compra e venda na plataforma rendem comissões para a empresa, que tem quase 6 milhões de clientes.

"Estamos no limiar de nos tornarmos uma plataforma de 1 bilhão de reais por ano em volume de negócios", afirmou Menin em entrevista à Reuters.

O marketplace, ambiente onde é possível fazer compras em lojas de departamentos, eletroeletrônicos, drogarias e turismo, foi um movimento do banco para deixar de ser uma plataforma apenas bancária e se tornar um Super App, e diversificar as receitas.

De acordo com o executivo, com os efeitos da pandemia, a meta de que as receitas financeiras representassem metade do resultado do grupo, antes previsto para um prazo de dois a três anos, pode ser agora atingida já na primeira metade de 2021.

Isso, disse Menin, ajudou a compensar a desaceleração nas operações de crédito em março e abril, dada a queda na demanda como efeito da crise.

"O ritmo não voltou totalmente, então a nossa expectativa para o ano vai ficar um pouco comprometida", afirmou.

Consolidação?

Alvo de especulações de que poderia ser um alvo possível do BTG Pactual, que anunciou na véspera planos de fazer uma oferta subsequente de ações para acelerar iniciativas estratégicas e o crescimento da sua plataforma de varejo digital, o Banco Inter viu sua unit disparar quase 20% na B3.

No entanto, Menin disse que não está em negociações para eventual venda de participação acionária da companhia e não tem no radar uma possível venda do controle.

"No momento, não tem nenhuma negociação para alienação de participação acionária", disse Menin. "Especulações sobre eventual interesse no Banco Inter mostram que viramos um player relevante no mercado", acrescentou o executivo, mas que "negociar o controle não está no horizonte".

Nesta terça-feira, a unit do banco subia mostrava queda de 0,5% no final do pregão, enquanto o Ibovespa avançava 0,7%.

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