Agência do Banco do Brasil: pé no freio com aquisições até cenário clarear (Divulgação/Banco do Brasil)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2011 às 16h27.
São Paulo – O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou o banco não deve anunciar novas aquisições e está revendo as que estavam em andamento. Tudo devido à crise que tomou conta dos mercados nas últimas semanas.
“Não devemos valorizar uma crise de expectativa”, disse Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil. O executivo afirmou que ainda é cedo para avaliar o real impacto da turbulência global nos planos e no desempenho do banco.
O Banco do Brasil aproveitou a crise de 2008 para fazer algumas compras, mas a situação não deve se repetir. Segundo Bendine, as aquisições realizadas há três anos atenderam a estratégia de eliminar deficiências que o banco apresentava.
Reforços
Uma delas era a necessidade de ampliar a presença no Estado de São Paulo, o que foi feito com a compra da Nossa Caixa, vendida pelo governo paulista. Outra era reforçar a operação de financiamento de automóveis, o que veio com a entrada no capital do Banco Votorantim.
O Grupo Vorotantim foi apontado como um dos mais afetados por prejuízos com derivativos de câmbio, durante a crise de 2008. Na época, a venda do controle do banco foi vista pelo mercado como uma tentativa da família Ermírio de Moraes de levantar recursos. A assessoria de imprensa do banco Votorantim esclarece que, apesar dos rumores da época, os recursos foram empregados na Votorantim Finanças e na operação do banco.
Hoje não temos no mercado interno nenhum tipo de situação que vá agregar alguma correção de deficiência do banco na sua estratégia”, disse Bendine. “Não temos perspectiva de aquisição interna”, afirmou.
Bendine participou, nesta terça-feira (9/8), de encontro com jornalistas para divulgar os resultados trimestrais do BB. Entre abril e junho, o banco apresentou lucro líquido de 3,357 bilhões de reais, um aumento de 23% sobre o mesmo período do ano passado.