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Banco do Brasil irá renegociar dívidas com empresas

Para Banco do Brasil, é importante manter empresas funcionando e vagas de trabalho abertas, para não aumentar inadimplência de pessoa física


	Banco do Brasil: banco quer contribuir para que empregos sejam mantidos - e inadimplência evitada
 (Adriano Machado/Bloomberg News)

Banco do Brasil: banco quer contribuir para que empregos sejam mantidos - e inadimplência evitada (Adriano Machado/Bloomberg News)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 16h40.

São Paulo - O Banco do Brasil irá renegociar as dívidas de empresas que estejam passando por dificuldades. O objetivo é manter as companhias funcionando, afirmou o presidente do banco, Alexandre Abreu.

Esse é o caso, por exemplo, da Sete Brasil, parceira da Petrobras na exploração do pré-sal, que está renegociando com bancos credores, brasileiros e internacionais.

“Para empresas que tenham dificuldades, mas que não estejam em recuperação judicial, vamos buscar algum tipo de alongamento (do prazo da dívida) ou outra solução”, afirmou Abreu.

Para ele, é importante “manter a empresa funcionando para que empregos também sejam mantidos”. O pior cenário é o aumento do desemprego, segundo o executivo, pois ele aumenta o nível de inadimplência de pessoa física.

Sete Brasil

No caso da Sete Brasil, fabricante de sondas para exploração do pré-sal, o presidente afirmou que a empresa não deu um calote, mas que os bancos credores estão renegociando uma “nova estrutura” para a empresa.

A companhia estava passando por dificuldades por ter sido citada na Operação Lava Jato e porque a Petrobras, sua maior parceira, havia diminuído o pedido de construção de sondas de 28 para 19.

A Sete Brasil estava buscando um socorro com bancos estrangeiros, além do refinanciamento da dívida no Brasil junto aos bancos credores.

Resultados

O banco anunciou lucro líquido ajustado de 3,04 bilhões de reais no período, expansão de 1,3% em 12 meses. O lucro líquido, considerando eventos extraordinários, somou 3,008 bilhões de reais, de abril a junho, com alta de 6,3% ante igual intervalo de 2014.

Apesar da situação da economia, a taxa de inadimplência do banco teve uma ligeira queda de 2,05% no primeiro trimestre para 2,04%. A média do mercado subiu de 2,80% para 2,90% no período.

O esforço para renegociar a dívida também vale para pessoas físicas e micro e pequenas empresas. O banco está entrando em contato com seus clientes no primeiro dia de inadimplência para resolver a situação o mais rápido possível. Também está investindo em seu canal online para refinanciamento.

O banco também irá apostar no financiamento ao agronegócio e a empresas que desejam exportar.

Com a desvalorização do câmbio, a exportação ficou viável para algumas companhias. Abreu afirmou que 500 empresas, que só vendiam para o mercado nacional, já procuraram essa linha de crédito.

O volume de recursos destinados ao agronegócio atingiu 168,3 bilhões de reais no semestre. Isso representa um aumento de 7,1% sobre igual período do ano passado. 

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