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Banco do Brasil aposta em serviços para compensar crédito

Carteira de crédito ampliada continua crescendo trimestre a trimestre, mas em ritmo cada vez menor. Serviço de cartões é uma das maiores apostas


	Banco do Brasil: crédito vem crescendo a ritmos menores
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Banco do Brasil: crédito vem crescendo a ritmos menores (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 11h33.

São Paulo - O Banco do Brasil divulgou, nesta quarta-feira, lucro líquido de 2,678 bilhões no primeiro trimestre de 2014, valor 4,7% maior que o atingido no mesmo período do ano anterior, mas levemente abaixo das expectativas dos analistas.

A carteira de crédito ampliada cresceu 18%, um pouco acima das metas do primeiro trimestre, mas a carteira em pessoas físicas cresceu apenas 8,6%, valor bem abaixo das metas para o período, entre 12% e 16%.

O crescimento da carteira tem caído a ritmos cada vez menores desde o segundo trimestre de 2013.

Para o executivo, essa redução no crescimento do crédito reflete a própria economia brasileira, que passa por algumas dificuldades. "O comportamento dos empreendedores e das pessoas físicas reflete o que ocorre no banco", diz Ivan Monteiro, vice-presidente financeiro do Banco do Brasil.

No caso do crescimento menor para créditos em pessoas físicas, Monteiro explica que ele se deve a uma demanda menor, causada principalmente pelo aumento da Selic. O Banco do Brasil, porém, mantém as metas anuais de carteira de crédito de pessoa física e espera ver um reaquecimento na demanda.

Como todos os bancos que vêm divulgando seus resultados trimestrais, a carteira de crédito para veículos caiu, 4,3% no caso do Banco do Brasil. Mas para Ivan Monteiro, isso não é uma questão de inadimplência, e sim uma resposta a uma demanda mais fraca.

Os destaques foram o crédito imobiliário, que cresceu 79%.

Outros serviços

"O crédito ainda é o grande negócio do banco, mas cada vez mais, os demais serviços estão ganhando participação nos nossos resultados e a tendência é que eles só aumentem", diz Monteiro. 

Para o executivo, os negócios não-crédito, como seguros, previdência e, acima de tudo, a área de cartões, podem chegar a compensar dificuldades no crédito.

De acordo com o vice-presidente do banco, esses serviços são uma das prioridades do banco.

O negócio de cartões, por exemplo, ganhou destaque nos resultados da empresa. A participação de cartões de crédito e débito nas tarifas, impulsionada principalmente pela bandeira Elo, cresceu 18% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O lucro líquido com o serviço cresceu 38,1% em relação ao mesmo período de 2013 e o faturamento, 22,8%.

O Banco do Brasil lançou, também, o serviço de meio de pagamentos digitais Stelo, que funciona como um Pay Pal. O cliente cadastra o cartão no sistema e passa a utilizá-lo em vez de precisar fornecer os seus dados aos sites para compras. Monteiro aposta que este serviço irá trazer mais fidelidade dos clientes e oportunidades de lucro.

Expansão

Monteiro afirmou que o Banco do Brasil está avaliando novas oportunidades no exterior, como na China, onde o banco se prepara para transformar o escritório local em uma agência de negócios.

No Panamá, o banco estuda a retomada de seu escritório local, para aproveitar as oportunidades que surgiriam de uma possível ampliação do canal.

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