Principais reclamações contra o Panamericano referem-se a cobranças indevidas (EXAME/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2010 às 08h19.
São Paulo - O Banco Panamericano é o 12º colocado no ranking anual de reclamações da Fundação Procon de São Paulo. Em 2009, o órgão de defesa do consumidor recebeu 617 reclamações contra o banco, das quais 485 não foram atendidas pela instituição. A situação do Panamericano nesse tipo de ranking chama a atenção porque ele é apenas um banco médio.
Tanto que, na área específica de assuntos financeiros e habitação, o banco do Grupo Silvio Santos aparece na quinta colocação, acumulando mais reclamações que instituições de grande porte como Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, entre outras.
As principais reclamações de consumidores contra o Panamericano referem-se a cobranças indevidas, desorganização e erros em contratos, especialmente de financiamento para compra de carros. Como o banco só atua por meio de empréstimos e consórcios, o grosso de sua clientela é justamente das camadas de menor renda da população.
Os problemas não pararam por aí. O Procon notificou as vinte primeiras empresas colocadas do ranking, assim como as três primeiras de cada área, questionando o alto índice de reclamações fundamentadas e exigindo metas de redução das demandas. No entanto, o Panamericano foi umas 13 companhias que se recusaram a subscrever o compromisso de estipular metas para redução do número de reclamações de consumidores no órgão.
Não por acaso, é crescente o número de clientes mal atendidos pela instituição financeira. “Temos sérios problemas dos nossos associados com o Panamericano”, diz a advogada Tatiana Viola de Queiroz, da Pro Teste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. “Mas o principal deles é que o banco ou não dá retorno, ou responde que a questão reclamada está prevista no contrato assinado pelo consumidor e, portanto, é válido, ainda que seja totalmente contrário à lei.” Em dificuldades, o banco recebeu na semana passada um empréstimo de R$ 2,5 bilhões, com recursos provenientes do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.