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Banco colombiano acusa funcionário de liberar crédito à Odebrecht

Alejandro Jiménez, ex-vice-presidente do Banco Agrário, liberou US$ 40,8 milhões outorgado ao consórcio Navelena, que tem participação da empreiteira

Odebrecht: a audiência de acusação a Jiménez será realizada em 15 de março (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Odebrecht: a audiência de acusação a Jiménez será realizada em 15 de março (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de março de 2017 às 13h26.

Bogotá - A Procuradoria Geral da Colômbia acusará Alejandro Jiménez, ex-vice-presidente do Banco Agrário, pelo crime de falsidade de documento, por um crédito de 120 bilhões de pesos (cerca de US$ 40,8 milhões) outorgado ao consórcio Navelena, que tem participação da Odebrecht.

A audiência de acusação a Jiménez, que atualmente desempenha o papel de gerente de bancos de investimento do Banco Agrário, será realizada em 15 de março, informou nesta quinta-feira a Procuradoria em comunicado.

A acusação contra Jiménez, a primeira neste caso, faz parte da investigação da Procuradoria pelas supostas irregularidades na licitação e vencimento do contrato para recuperar a navegabilidade pelo rio Magdalena, o principal do país, ao consórcio Navelena, ao qual pertence a Odebrecht.

Este contrato foi vencido em 2014 pela Corporação Autônoma Regional do Rio Grande de Magdalena Doce (Cormagdalena), um ente autônomo que é composto por representantes do governo, governadores, prefeitos e outras entidades.

Em 13 de fevereiro, a Procuradoria (Ministério Público) tinha anunciado também a investigação à junta diretória do Banco Agrário por supostas "irregularidades" na concessão do mencionado crédito.

A Procuradoria afirmou que há evidências "suficientes" para abrir uma investigação disciplinar contra a junta diretória da entidade por autorizar em 2014 um crédito "com possíveis irregularidades".

O senador Jorge Robledo, do partido esquerdista Polo Democrático Alternativo (PDA), tinha denunciado que o Banco Agrário financiou o consórcio Navelena quando este já estava próximo da dissolução e que o crédito foi autorizado com juros mais baixos do que os cobrados aos camponeses, que devem ser os beneficiados desta entidade.

As investigações na Colômbia pelo escândalo de corrupção na Odebrecht se centram no contrato para a estrada Ruta del Sol II, que liga o centro com o norte do país; no de navegabilidade do rio Magdalena e em outro para obras no rio Bogotá.

Pelo caso da Ruta del Sol II estão detidos o ex-vice-ministro de Transporte Gabriel García Morales e o ex-senador Otto Bula, enquanto pelo das obras do rio Bogotá está preso o funcionário terceirizado Andrés Cardona.

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