São Paulo - O Banco BMG encerrou o primeiro semestre de 2010 com um lucro líquido de 352 milhões de reais - um crescimento de 100,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o lucro líquido foi de 175,7 milhões de reais. O resultado é recorde na história do banco.

Ricardo Gelbaum, diretor financeiro do BMG, creditou o resultado ao crescimento da economia, aos investimentos em tecnologia para atender à expansão do crédito e ao foco do banco (crédito consignado). "O resultado foi a concretização dessa decisão correta de apostar todas as armas no crédito consignado", disse o diretor. O BMG tem 18% de market share nesse segmento de crédito.

O patrimônio líquido ficou em 2,159 bilhões de reais no primeiro semestre de 2010, valor 11,2% superior ao do mesmo semestre de 2009, quando foi de 1,941 bilhão de reais. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio atingiu 36,1%. A carteira de crédito total somou 21,957 bilhões de reais - um aumento de 38,9% comparado ao primeiro semestre de 2009, que foi de 15,809 bilhões de reais. Atualmente, a modalidade crédito consignado representa 60% do crédito pessoal do Brasil, segundo Gelbaum

As carteiras próprias de operações de crédito e de arrendamento mercantil apresentaram um saldo, em 30 de junho, de 7,717 bilhões de reais, correspondente a uma expansão de 43,1% em relação ao mesmo período de 2009. As demais operações compreenderam repasses de recursos do BNDES, arrendamento mercantil e operações de desconto/mútuo com fornecedores do setor público e grandes empresas do setor privado.

Captação de recursos

O saldo dos recursos captados totalizou 20,336 bilhões de reais em 30 de junho de 2010 - variação de 41,7% comparado ao mesmo período de 2009, quando atingiu 14,351 bilhões de reais. A principal fonte de captação do Banco BMG é a cessão de crédito com outros bancos, que representa 65,7% do total destas operações. A instituição também registrou um crescimento dos depósitos, que representa 23,4% do funding total. O restante da captação do banco está dividido em: 2,6% através de FIDCs (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) líquidos de cotas subordinadas detidas pelo Banco e 7,3% através de mercados internacionais de capitais.