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Bacardi completa 150 anos com orgulho de sua herança cubana

Empresa mantém como confidencial a fórmula de seu rum, que passou de geração em geração da família dona da marca

Companhia ganhou vários prêmios, cresceu vertiginosamente, foi mandada para o exílio e sonha em retornar algum dia à Cuba (Dimitrios Kambouris/Getty Images)

Companhia ganhou vários prêmios, cresceu vertiginosamente, foi mandada para o exílio e sonha em retornar algum dia à Cuba (Dimitrios Kambouris/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 13h30.

Miami - A marca de rum de origem cubana mais famosa e vendida do mundo, Bacardi, irá completar 150 anos, nos quais ganhou vários prêmios, cresceu vertiginosamente, foi mandada para o exílio e sonha em retornar algum dia à ilha.

Quando Facundo Bacardi Massó, um emigrante espanhol fundou em 4 de fevereiro de 1862 em Santiago de Cuba a companhia Bacardi, nascia uma marca que estaria intimamente ligada aos acontecimentos históricos do país.

O rótulo da bebida, no qual aparece um morcego, hoje é muito mais do que um símbolo universal. Ele sintetiza o legado e o orgulho de uma família trabalhadora que continua, após oito gerações, à frente de uma das maiores empresas privadas de bebidas alcoólicas do mundo.

'O fato do meu sobrenome aparecer em cada garrafa de rum Bacardi é um lembrança constante do compromisso que temos de produzir produtos de qualidade excepcional para criar os melhores coquetéis', disse à Agência Efe de Miami Facundo L. Bacardi, tataraneto do fundador e atual diretor-geral da companhia.

Bacardi é consciente da importância de preservar um legado e uma 'filosofia' empresarial que, destacou, tem como característica a 'herança cubana' e o 'apoio ao povo cubano em momentos de necessidade desde a fundação da companhia'.

O diretor-geral diz que não se esquece da 'origem humilde' da empresa e afirma que pretende 'retornar e reinvestir na terra natal algum dia'. 'Estamos preparados', acrescentou.

Após inaugurar uma fábrica em 1910, em Barcelona, na Espanha, a marca se tornou a primeira multinacional cubana,

O crescimento da Bacardi foi interrompido em 1960, quando Fidel Castro assumiu o poder na ilha e confiscou os negócios da família, que teve que se exilar.

Um ano mais tarde, a empresa já contava com uma nova destiladora no Brasil, além da que funcionava em Porto Rico desde 1958, conhecida como 'A Catedral do Rum', considerada atualmente a maior do mundo, e outra no México, fundada em 1931.

Em 1978, o rum Bacardi Premium se transformou no mais vendido do mundo, com 16 milhões de caixas comercializadas por ano. O crescimento continuou quando a marca comprou a vodca Grey Goose, o gim Bombay Sapphire e o uísque Dewar's.


O produto principal, no entanto, continua sendo o rum Bacardi, criado para ser uma bebida misturada, que deu origem, em 1900, ao famoso drinque Cuba Libre, 'o coquetel preferido no mundo', segundo a empresa.

Os Bacardi guardam com zelo a fórmula da bebida, que passou de geração em geração. O segredo do rum é a cepa de fermento isolada, de alta qualidade, usada por Facundo Bacardi Massó, assim como a 'seleção de melaço residual de cana-de-açúcar, a filtragem e o desenvolvimento da arte da mistura', explicou seu presidente.

'Meu tataravô criou o rum como o conhecemos hoje em dia. A cepa de fermento é a mesma. Isso é um dos bens mais prezados da empresa', garantiu Bacardi.

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