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B3 tem lucro recorrente de R$ 635,8 mi no 4º tri, queda de 5,6%

O lucro líquido atribuível aos acionistas da B3 no quarto trimestre do ano somou R$ 516,1 milhões, queda de 52,1% ante o de um ano antes

B3: a margem Ebitda ajustada foi de 66,6% no quarto trimestre de 2017 (Arthur Nobre/Divulgação)

B3: a margem Ebitda ajustada foi de 66,6% no quarto trimestre de 2017 (Arthur Nobre/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de março de 2018 às 20h27.

São Paulo - Perto de completar um ano do início da fusão, a B3 reportou um lucro líquido recorrente de R$ 635,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ante o terceiro trimestre do ano o lucro subiu 42,8%. No acumulado do ano o lucro da bolsa brasileira atingiu R$ 2,084 bilhões, considerando o valor recorrente, retração de 12,6% ante o observado um ano antes. Para permitir a comparação a companhia ajustou seus números para uma base combinada.

"Além da fusão, com foco e dedicação dos nossos times e apoio dos participantes de mercado e reguladores, concluímos projetos importantes para a B3, como a segunda fase da nova clearing integrada que unificou os mercados de ações e derivativos sob a mesma infraestrutura tecnológica e sistema de risco e o aprimoramento das regras do Novo Mercado. Já em 2018, tenho a satisfação de dizer que estamos avançando no projeto de integração pós-fusão conforme o planejado", destaca o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, no documento que acompanha o demonstrativo financeiro da companhia.

O lucro líquido atribuível aos acionistas da B3 no quarto trimestre do ano somou R$ 516,1 milhões, queda de 52,1% ante o de um ano antes, visto que aqui não se considera os resultados da Cetip incorporados. Em relação ao terceiro trimestre o lucro cresceu 53,5%. No ano o lucro atribuível aos acionistas chegou em R$ 1,224 bilhão, queda de 39,3%.

Para considerar o lucro "recorrente", a bolsa, por exemplo, tira do cálculo o valor da amortização de intangível com a combinação com a Cetip.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 672,9 milhões no intervalo entre outubro e dezembro, aumento de 12,2% em relação ao visto um ano antes. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior o Ebitda cresceu 0,8%. No ano o Ebitda ajustado foi de R$ 2,658 bilhões, aumento de 10,3% ante 2016.

A margem Ebitda ajustada foi de 66,6% no quarto trimestre de 2017, ante uma margem de 63,7% no quarto trimestre de 2016. No terceiro trimestre a margem Ebitda foi de 66,6%.

A receita líquida, por sua vez, chegou em R$ 1,034 bilhão nos últimos três meses do ano passado, aumento de 7,9% frente ao mesmo período de 2016. Ante o trimestre imediatamente anterior foi registrado um recuo de 2,6%. No ano a receita líquida foi de 4,006 bilhões, aumento de 11,1%.

A fusão entre BM&FBovespa e Cetip foi aprovada pela Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no final de março do ano passado, ou seja, está perto de completar um ano. A integração entre as companhias vem ocorrendo em passos largos e ao final do ano passado o cálculo era de que aproximadamente 50% da integração já estava realizada.

A meta era de que as sinergias com a fusão alcançassem R$ 100 milhões ao ano em um prazo de três anos, mas a companhia já espera que esse número seja atingido antes desse prazo.

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