B3: a B3 espera iniciar a amortização de intangíveis para fins fiscais no terceiro trimestre deste ano, impulsionando a geração de caixa (Facebook/B3/Reprodução)
Reuters
Publicado em 15 de maio de 2017 às 17h03.
São Paulo - A B3 pode concluir a integração operacional entre BM&FBovespa e Cetip em até 18 meses, disseram executivos do grupo nesta segunda-feira.
Eles apontaram ainda que esperam capturar sinergias da fusão BM&FBovespa/Cetip já este ano, prevendo que a sinergias de 100 milhões de reais por ano deve ser captada integralmente apenas em 2019.
Em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre, os executivos também detalharam planos de tratamento contábil para amortização e depreciação de ativos, assim como hedge e pagamento de remuneração a acionistas.
Em relatório, analistas do Credit Suisse calcularam que o plano mostrado pela B3 para contabilização de ágio e amortização de ativos intangíveis resultará em um benefício fiscal com valor presente líquido de 2,8 bilhões de reais.
"O resultado é significativamente maior do que a previsão inicial de 1,9 bilhão, devido não apenas ao maior saldo de ágio, mas também ao menor período de amortização", afirmaram os analistas Lucas Lopes, Marcelo Telles e Alonso Garcia.
A B3 espera iniciar a amortização de intangíveis para fins fiscais no terceiro trimestre deste ano, impulsionando a geração de caixa.
Os executivos afirmaram também que o grupo manterá até o terceiro trimestre a política de distribuir o equivalente a 50 por cento do lucro na forma de dividendo.
"A partir do quarto trimestre poderemos considerar se elevaremos esse percentual", disse nesta segunda-feira o diretor financeiro e de relações com investidores, Daniel Sonder.
Às 15h22, a ação da B3 subia 0,7 por cento, a 20,28 reais, enquanto o Ibovespa tinha ganho de 0,5 por cento.