Centro de distribuição da B2W em São Paulo: 10 novos CDs serão inaugurados até 2015 (Luis Ushirobira/EXAME.com)
Daniela Barbosa
Publicado em 8 de março de 2013 às 13h46.
São Paulo – Os problemas enfrentados pela B2W, dona do Submarino, Americanas.com, Shoptime e Ingressos.com, com prazos de entregas e reclamações de clientes em 2011 foram amenizados ao longo do ano passado e, até 2015, devem ser ainda mais contidos. Isso porque, a companhia planeja abrir pelo menos dez centros de distribuição para poder ficar mais próxima dos clientes e melhorar o seu atendimento.
Segundo Fábio Abrate, diretor de relações com investidores da companhia, nos próximos três anos, a B2W planeja investir mais de 1 bilhão de reais em tecnologia, inovação e logística. “Estamos bem melhores no que diz respeito ao atendimento dos nossos clientes, mas ainda existe uma longa estrada a ser percorrida”, afirmou o executivo, em teleconferência com analistas e investidores, nesta sexta-feira.
Em 2011, a B2W enfrentou sérios problemas relacionados a prazo de entrega e atendimento ao cliente e precisou desembolsar valores milionários com indenizações e multas pagas a órgão de defesa do consumidor. Os efeitos do problema ainda pesaram no balanço financeiro da companhia do ano passado, que acumulou prejuízo de mais de 170 milhões de reais e aumentou suas receitas com despesas em 26,7%.
“Tem surtido efeito os investimentos que estamos fazendo para aprimorar nosso atendimento. As reclamações da B2W no Procon em 2012 foram 59% menores na comparação com o ano anterior. As nossas vendas também cresceram e chegaram a quase 5 bilhões de reais. Esses números comprovam que estamos no caminho certo”, afirmou Abrate.
Despesas e receitas
No ano passado, as despesas com vendas gerais e administrativas consolidadas da B2W totalizaram 814,3 milhões de reais, 16,9% da receita líquida da companhia. Para Abrate, a medida que as vendas continuarem aumentando, esse número deve começar a ser diluído e pesar menos nos resultados da empresa.
A B2W somou faturamento líquido de 4,8 bilhões de reais, o montante é 13,7% maior na comparação com o ano anterior. Já o prejuízo líquido totalizou 170,7 milhões de reais, 91,4% em relação a 2011.