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B20 recomenda menos corrupção e reformas para criar empregos

Segundo B20, se a corrupção fosse uma indústria, seria a terceira maior do mundo, com mais de US$ 3 trilhões

Primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, discursa durante encontro do B20, em Brisbane (Jason Reed/Reuters)

Primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, discursa durante encontro do B20, em Brisbane (Jason Reed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 19h10.

Brisbane - O emprego e o crescimento melhorarão quando os governos combaterem a corrupção, melhorarem a transparência e concluírem reformas estruturais profundas, recomendou nesta sexta-feira o grupo de empresários reunido no B20, na véspera da Cúpula do G20, neste final de semana em Brisbane, Austrália.

Se a corrupção fosse uma indústria, argumenta o B20, seria a terceira maior do mundo, com mais de 3 trilhões de dólares e cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

A transparência é uma arma na luta contra a corrupção, afirma o B20, que fez uma série de recomendações aos líderes do mundo, incluindo maior flexibilidade estrutural, liberdade de movimentações financeiras entre países, regulações efetivas e um comércio mais amplo e mais justo.

Os empresários esperam que os líderes das maiores economias do planeta, que representam 70% do PIB mundial, impulsionem a agenda de reformas estruturais, mas também é necessário estendê-las para o mercado de trabalho e estimular o comércio.

O estabelecimento de uma rede mundial de infraestruturas poderia injetar 2 trilhões de dólares no setor, o que representaria 600 bilhões de dólares no PIB mundial, criando 10 milhões de empregos até 2030, disse Robert Miliner, membro da secretaria do B20.

"Os investimentos em infraestrutura produtiva são a chave para um crescimento sustentável da economia porque criam emprego direto permanente e reforçam a produtividade para as empresas comerciais que a utilizam", assegura o grupo, que pede maior eficiência nos projetos para reduzir os custos.

O comércio é outro dos motores de crescimento. Os empresários acreditam que o foco deve se situar agora na supressão de barreiras não tarifárias, e trabalhar para que as redes de abastecimento sejam mais eficientes.

O presidente do grupo, Richard Goyder, recordou em uma coletiva de imprensa que também é necessário flexibilizar o "rígido" mercado do trabalho e adaptá-lo às necessidades tanto de empresas como dos trabalhadores.

Os membros do B20, que esperam se reunir com boa parte dos líderes do G20, lembram que é necessário mudar as políticas fiscais e monetárias às quais os governos recorreram para enfrentar a crise.

E lembram que, com as atuais taxas de crescimento, não serão criados os empregos necessários para a melhoria do nível de vida.

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