O presidente da Azul destacou que o fundador da Azul, David Neeleman, tem experiência no mercado de administração de terminais (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2011 às 19h38.
Rio de Janeiro - Prestes a completar três anos de operação, a companhia aérea Azul assume a possibilidade de participar do leilão de concessão de terminais aeroportuários que será promovido no fim do ano, segundo o presidente da companhia, Pedro Janot.
O executivo afirmou que aguarda o lançamento do edital de licitação dos aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos para definir como a Azul pode se comportar na concorrência.
A terceira principal companhia aérea brasileira tem interesse, de acordo com Janot, em administrar apenas os terminais de passageiros, mas não terminais de cargas e espaços comerciais.
"Temos interesse porque para nós seria um extensão do nosso produto", disse Janot em entrevista à Reuters nesta terça-feira.
"Se isso for permitido no edital e no desenho de privatização nós participaremos."
A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira em São Paulo que o edital de concessão dos aeroportos de Cumbica e Viracopos sai até o final deste mês.
O presidente da Azul destacou que o fundador da Azul, David Neeleman, tem experiência no mercado de administração de terminais de passageiros.
Janot reforçou ainda que a administração de um terminal de passageiros seria uma boa oportunidade para a Azul ampliar seu faturamento e, principalmente, fortalecer a marca da empresa no mercado brasileiro.
Em 15 de dezembro, a Azul completa três anos de operações. Até lá deverá atingir a marca de 15 milhões de passageiros transportados, acima da meta traçada inicialmente para 2012.
Questionado se a Azul estaria preparando uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), Janot foi cauteloso, mas sinalizou que as turbulências nos mercados globais não favorecem uma abertura de capital nesse momento.
"A Azul está preparada para qualquer tipo de expansão no Brasil e de operação que se faça necessária para o seu desenvolvimento", afirmou o executivo. "Os próximos passos serão comandados pela economia mundial, que está dirigindo as decisões financeiras e estratégicas das empresas no Brasil e no mundo."