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Azul subirá passagens se petróleo continuar em US$ 100

A afirmação foi feita hoje pelo presidente da empresa, Pedro Janot; a empresa realiza operações de hedge para minimizar os impactos da variação do preço do petróleo

Avião da Azul: empresa estuda repasse de alta do petróleo ao preço das passagens (Divulgação/EXAME.com)

Avião da Azul: empresa estuda repasse de alta do petróleo ao preço das passagens (Divulgação/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 16h17.

São José dos Campos - A companhia aérea Azul deve aumentar o preço das passagens nos próximos meses caso o preço do petróleo continue nos patamares atuais, em torno de US$ 100. A afirmação foi feita hoje pelo presidente da empresa, Pedro Janot. Segundo ele, até o momento a Azul não reajustou o preço das suas tarifas. "Mas isso deve ocorrer em algum momento. Não sei se será um repasse integral ou parcial, mas ele deve acontecer", afirmou.

Janot disse que a empresa realiza operações de hedge (proteção) para minimizar os impactos da variação do preço do petróleo, como a maioria das empresas aéreas, mas ele não divulga qual é esse porcentual. A TAM anunciou que mantém hedge para 25% das suas despesas estimadas com combustível para os próximos 12 meses. O hedge da Gol é de 20%.

Sobre uma possível abertura de capital, Janot afirmou que a empresa está pronta, mas que ainda não é o momento. "Não temos previsão de quando isso deve ocorrer." Questionado se acha que há espaço para mais duas empresas aéreas aderirem ao mercado acionário no Brasil (a Webjet anunciou no mês passado que abrirá seu capital), o executivo disse que sim, porque o mercado aéreo vai continuar crescendo bem acima do Produto Interno Bruto (PIB). "O mercado é ainda muito grande", afirmou.

Janot disse que inclusive está "feliz" por não ter anunciado ainda sua abertura de capital, considerando a atual crise no Oriente Médio, que está elevando o preço do petróleo - os combustíveis representam cerca de 30% a 40% dos custos das empresas aéreas.

A Azul, que encerrou 2010 com cerca de 7% do mercado, espera terminar este ano com fatia de 10% a 11%, de acordo com Janot. Hoje, a empresa recebeu sua 31ª aeronave (um modelo Embraer 195). A expectativa é encerrar o ano com 38 aviões.

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