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Azul conclui aquisição da companhia aérea regional TwoFlex

A Azul havia anunciado a aquisição em janeiro deste ano e, há cerca de um mês, começou a vender passagens de voos da TwoFlex

Azul: a aérea teve um declínio de 90% no tráfego de passageiros frente ao mesmo período do ano passado, com redução de 87,7% na capacidade (Paulo Fridman/Getty Images)

Azul: a aérea teve um declínio de 90% no tráfego de passageiros frente ao mesmo período do ano passado, com redução de 87,7% na capacidade (Paulo Fridman/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 14 de maio de 2020 às 11h40.

Última atualização em 14 de maio de 2020 às 12h19.

A Azul anuncia hoje, 14, a conclusão do processo de aquisição da Two Taxi Aéreo Ltda, a TwoFlex. O pagamento, de 123 milhões de reais, será realizado em até 30 parcelas mensais, sujeito a determinadas condições financeiras e operacionais, e um pagamento final de até 30 milhões de reais, diz a empresa em comunicado. 

A TwoFlex é uma companhia aérea doméstica brasileira com sede em Jundiaí e fundada em 2013, que oferece serviço regular de passageiros e cargas para 39 destinos no Brasil, dos quais apenas três destinos regionais são atendidos pela Azul. 

A Azul havia anunciado a aquisição em janeiro deste ano e, há cerca de um mês, começou a vender passagens de voos da TwoFlex. A transação foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no dia 27 de março deste ano. 

A comercialização das passagens terá rotas para algumas cidades no Amazonas e Mato Grosso, que já fazem parte da malha regular da TwoFlex. Aos poucos, a expectativa é estender o acordo para as outras mais de 30 cidades regionais que contam com a operação da TwoFlex, diz a Azul, em comunicado.

Esses voos serão executados com monomotor modelo Cessna Gran Caravan, com capacidade para nove passageiros. Segundo a Azul, a frota de 17 aeronaves regionais será importante para fortalecer a capilaridade de sua malha no mercado de passageiros e de carga. 

A TwoFlex também possui 14 slots na pista auxiliar de Congonhas, um aeroporto de localização estratégica por estar próximo aos distritos comerciais de São Paulo. “Atualmente, dois de nossos maiores concorrentes, Gol e LATAM, controlam a maioria dos voos em Congonhas”, diz a Azul em comunicado. 

Já a Azul tem uma malha de 916 voos diários para 116 destinos, com uma frota operacional de 140 aeronaves e mais de 12.000 funcionários.

Em abril, a Azul teve um declínio de 90% no tráfego de passageiros frente ao mesmo período do ano passado, com redução de 87,7% na capacidade. “Acreditamos que estamos próximos a atingir um ponto de inflexão na demanda e esperamos retornar gradualmente nossos voos nos próximos meses”, afirmou o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, em nota há alguns dias.

As empresas aéreas, de uma maneira geral, vivem um momento delicado em meio à crise do coronavírus. Um pacote de ajuda às aéreas vem sendo negociado há semanas, com supervisão do BNDES. O pacote de resgate das três principais companhias aéreas que atuam no Brasil deve ficar próximo de R$ 4 bilhões, segundo pessoas com conhecimento direto das negociações.

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