De acordo com a Azul, o negócio levou a despesas não recorrentes de R$ 44 milhões e de R$ 1,8 milhão durante a integração da TRIP em 2012 e o primeiro trimestre de 2013, respectivamente (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2013 às 16h09.
São Paulo - No pedido de oferta pública de ações que a Azul S.A, controladora da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, entregou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e foi publicado nesta segunda-feira, 27, as despesas relativas à compra da TRIP foram mencionadas como um dos fatores de risco para a companhia aérea.
De acordo com a Azul, o negócio levou a despesas não recorrentes de R$ 44 milhões e de R$ 1,8 milhão durante a integração da TRIP em 2012 e o primeiro trimestre de 2013, respectivamente. A companhia prevê mais despesas no processo de finalização da integração. "Caso não seja possível integrar com sucesso as duas operações comerciais, podemos não conseguir recuperar esse investimento", afirma a Azul, no documento.
A companhia elencou ainda como fatores de risco a competição no setor aéreo, a variação no custo de combustível e a dependência do Aeroporto de Viracopos. A empresa argumenta que se as empresas aéreas concorrentes executarem com sucesso modelos de negócio semelhantes ao da Azul, as atividades e condições financeiras poderiam sofrer um impacto adverso relevante. "O setor de transporte aéreo é altamente sensível ao desconto de tarifas e às políticas de preços agressivos", completa.
A respeito da variação do custo com combustível de aviação, a Azul afirma que o preço do produto está sujeito a questões geopolíticas e na oferta e na demanda, com impacto direto nos custos.
A Azul citou, ainda, as consequências de uma interrupção relevante das operações do aeroporto de Viracopos, que responderam por cerca de 34% das chegadas e decolagens da empresa em 2012. No ano passado, um incidente envolvendo uma aeronave de uma empresa aérea de carga fechou uma das pistas no aeroporto durante três dias, o que prejudicou operações da Azul.