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Avon pode pagar US$ 132 mi por caso de propina, diz jornal

Valor pode ser desembolsado para encerrar investigação de que a empresa teria pagado oficiais de governo para conseguir licenças, segundo o Wall Street Journal


	Avon: segundo o The Wall Street Journal, a empresa já desembolsou cerca de 340 milhões de dólares em custos com a investigação
 (Scott Eells/Bloomberg)

Avon: segundo o The Wall Street Journal, a empresa já desembolsou cerca de 340 milhões de dólares em custos com a investigação (Scott Eells/Bloomberg)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 09h44.

São Paulo -  A Avon admitiu que pode pagar 132 milhões de dólares para encerrar um caso de propina na China e outros países, incluindo o Brasil , segundo o The Wall Street Journal

De acordo com o diário, a investigação foi iniciada pela própria empresa e revelada em 2008, quando foi reportada ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e à SEC (órgão equivalente à CVM no país). 

A apuração visa verificar se a companhia infringiu as leis norte-americanas enviando presentes e dinheiro a oficiais de governo para conseguir licenças para vender os seus produtos.

Conforme afirma o jornal, a Avon já teria oferecido 12 milhões de dólares para encerrar o caso em junho do ano passado, mas a quantia não foi aceita pelos reguladores federais por ser considerada muito baixa. 

Ainda segundo o WSJ, em balanço divulgado na última quinta-feira, a Avon de Nova York informou que reservou 89 milhões de dólares para penalidades finaceiras, mas disse que poderá acrescentar mais 43 milhões ao montante devido ao andamento de suas negociações com o Departamento de Justiça e a SEC. 

Os novos números contribuíram para os resultados ruins da companhia, que perdeu 69 milhões de dólares no último trimestre de 2013.

Segundo o jornal, a empresa já desembolsou cerca de 340 milhões de dólares em custos com a investigação. 

Além disso, as vendas da empresa também não estão indo bem. Aqui na América Latina, elas caíram 7% no último trimestre de 2013, em realação a 2012. Na América do Norte a queda foi de 21% e na China de 48%. 

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