Negócios

Avon lança compromisso antirracista e meta de mais negras na liderança

A Avon definiu como meta contratar 50% de pessoas negras, e 30% de mulheres negras nos cargos de liderança até 2030

Avon assume compromisso antirracista (Jonathan Erasmus/Getty Images)

Avon assume compromisso antirracista (Jonathan Erasmus/Getty Images)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 12h47.

Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 09h48.

A fabricante de cosméticos Avon, empresa parte do grupo Natura &Co, lança seu compromisso antirracista no Brasil, um plano de ação que prevê o aumento da representatividade e do empoderamento de pessoas negras, dentro e fora da companhia.

Inovação abre um mundo de oportunidades para empresas dos mais variados setores. Veja como, no curso Inovação na Prática 

As ações contemplam ampliar a empregabilidade de pessoas negras e a sua presença em cargos de liderança; acelerar a inovação nos produtos que incluam toda a diversidade da beleza brasileira; amplificar as vozes de mulheres negras por meio de suas campanhas; e buscar ativamente oportunidades para que a Avon se posicione afirmativamente antirracista em todas suas atividades.

"Queremos uma Avon tão diversa quanto o Brasil pois a sub-representação de mulheres e homens negros não só desperdiça talentos, mas renuncia perspectivas diferentes que contribuem para ampliar nossa capacidade de inovar, ampliar nossa competitividade e conexão com nossas clientes”, afirma Daniel Silveira, Presidente da Avon Brasil.

Entre as  ações do compromisso antirracista, a Avon definiu como meta contratar 50% de pessoas negras. Para as áreas da empresa com a menor representatividade negra, foi instituída a obrigatoriedade de, no mínimo, uma pessoa preta ou parda como finalista em processos seletivos para líderes dessas áreas.

Além disso, foi estabelecida a meta de 30% de mulheres negras nos cargos de liderança até 2030. Na Avon no Brasil, neste ano, 100% das novas vagas de estágio foram preenchidas por pessoas que não se declararam brancas. A empresa afirmou também ter traçado estratégias para a inclusão e retenção de talentos negros e, para isso, fará treinamentos de letramento racial de todos os funcionários até ano que vem.

Histórico

Em 2015, a Avon Brasil iniciou seu programa de Diversidade e Inclusão, chamado de Rede Pela Diversidade. Na trajetória da empresa para aumentar a empregabilidade, retenção e desenvolvimento de pessoas negras, em 2016, firmou o compromisso com o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça, que estabeleceu metas de contratação de estagiários e gerentes de setor.

Recentemente, em função dos protestos do movimento #VidasNegrasImportam, a companhia percebeu a necessidade de reconhecer que suas ações ainda não são suficientes, para se debruçar ainda mais sobre o tema e assumir publicamente seu compromisso.

O plano de ação foi estimulado pelos funcionários voluntários na rede de diversidade e desenvolvido com apoio e participação da alta liderança e do time de Recursos Humanos da Avon Brasil.

A empresa utilizará o mês da consciência negra para assumir publicamente que pode e deve fazer mais. O lançamento de produtos para mais tons de pele em seu portfólio vem como resposta para a necessidade de atender a diversidade da beleza brasileira. O processo começou em 2013, com um estudo sobre a diversidade global de peles, e como resultado desse trabalho, foi criada uma estratégia de tonalidades mais diversificada de um ponto de vista internacional.

Em 2019, a Avon identificou a necessidade de mais opções de cores voltados às peles negra e pardas brasileiras. O lançamento do novo portfólio de produtos, que contou com a colaboração de Daniela Da Mata, especialista em pele negra.

 

 

 

Acompanhe tudo sobre:AvonDiversidadeEXAME-no-InstagramMulheresMulheres executivasNaturaNegros

Mais de Negócios

Ele quase devolveu o dinheiro aos investidores, mas conseguiu criar um negócio que vale US$ 100 mi

Com chocolate artesanal amazônico, empreendedora cria rede de empoderamento feminino

Na maior Black Friday da Casas Bahia, R$ 1 bilhão em crédito para o cliente

Quem é o bilionário indonésio que ficou 10 vezes mais rico em 18 meses?