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Aviões da Vasp começam a ser desmontados em Congonhas

As partes dos sete aviões Boeing 737-200 e dois Airbus A-300 serão vendidas como sucata em leilões, liberando espaço do aeroporto

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2011 às 21h28.

São Paulo - A primeira das nove aeronaves da falida Vasp, que ocupam um hangar de 170 mil metros quadrados no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, começou a ser desmontada na tarde de hoje (23). As partes dos sete aviões Boeing 737-200 e dois Airbus A-300 serão vendidas como sucata em leilões, liberando o espaço do aeroporto. A previsão para o desmonte total das aeronaves é entre 20 dias e 60 dias.

“Esses aviões [fora de uso] atrapalham a circulação e a operação de hangares como este, que têm sua capacidade de operação limitada. Certamente, será um grande ganho de capacidade e de áreas operacionais”, disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que participou do evento que deu início ao desmonte dos aviões, conforme prevê o programa Espaço Livre, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), há 117 aviões fora de uso estacionados em aeroportos de todo o país, e que também serão desmontados e as peças leiloadas. Depois de Congonhas, os próximos aeroportos onde ocorrerão desmontes de aviões são: o Galeão, no Rio de Janeiro, e o Juscelino Kubitschek, em Brasília.

A Vasp teve a falência decretada em 2008, mas os aviões estavam parados há pelo menos três anos. O dinheiro obtido com o leilão vai ser destinado à massa falida da Vasp, ou seja, aos credores da companhia.

“É um acordo que fizemos com a Justiça. Tudo isso irá a leilão e os recursos arrecadados ajudarão a pagar isso. Mas há um compromisso da Infraero que se por acaso não houver arrematador, vamos arrematar pelo preço mínimo de R$ 30 mil, e aí vamos dar um destino qualquer a esse monte de ferro-velho. Para a Infraero, vale a pena pagar qualquer preço para tirar isso daqui”, disse o presidente da empresa, Gustavo do Vale. Ele estima um prejuízo para a Infraero em torno de R$ 100 mil mensais com os espaços ocupados com cada um dos nove aviões da Vasp no Aeroporto de Congonhas.


Segundo Vale, a expectativa é que a retirada de todos os aviões sem uso nos aeroportos brasileiros ocorra até meados de 2013. “Espero em dois anos terminar isso tudo para que, na Copa do Mundo, esteja tudo liberado”, disse.

Para a corregedora nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon, o leilão dessas aeronaves representa uma “vitória da administração pública moderna sobre a burocracia”. Segundo ela, a prioridade do programa é tirar todos os aviões sucateados que estão em Congonhas, que é o aeroporto mais congestionado do país.

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