(Andrew Harrer/Bloomberg)
AFP
Publicado em 8 de julho de 2020 às 13h54.
O Facebook tomou decisões "problemáticas e dolorosas" sobre direitos civis, apesar de ter feito progressos neste assunto, concluiu nesta quarta-feira (8) uma auditoria independente contratada pela rede social.
Os auditores se mostraram particularmente alarmados com a gestão das publicações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas quais o Facebook não atuou e que, segundo eles, podem desencorajar o voto ou incitar a violência contra cidadãos que se manifestam contra o racismo.
Também alegam ter informado "rigorosamente" o Facebook de sua discordância com as decisões que, em sua opinião, são contrárias às políticas da rede social.
"Se essas decisões foram tomadas no mais alto nível, acreditamos que o (Facebook) não procurou coletar a opinião de especialistas em direitos civis e aplicá-la como deveria ter feito", dizem.
A rede social adotou "uma série de medidas positivas e consistentes", acrescenta o relatório em suas conclusões, um trabalho encomendado há dois anos pelo Facebook.
"Mas neste momento da história, os auditores estão preocupados com o fato de esses avanços serem ofuscados pelas problemáticas e dolorosas decisões tomadas pelo Facebook, que representam grandes retrocessos para os direitos civis".