Torres de transmissão de energia elétrica da Eletrobras: principal ponto que travou a discussão envolveu o prazo para concessão de reajuste real (Adriano Machado/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2013 às 20h39.
Brasília - Terminou sem acordo nesta quinta-feira, 01, a audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) entre representantes das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), Furnas Centrais Elétricas S.A. e outras empresas do ramo de energia elétrica e federações de trabalhadores de diversas categorias profissionais para discutir sugestão de acordo apresentada na segunda, 29, pelo presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, em audiência de conciliação em dissídio coletivo. "Infelizmente não foi possível o acordo", lamentou o presidente do TST, ao final do debate.
O principal ponto que travou a discussão envolveu o prazo para concessão de reajuste real, ou seja, acima da inflação medida pelo IPCA, ao salário dos trabalhadores. A Eletrobras propôs dois anos para conceder aumento real (0,5% relativo a maio deste ano, 1% em maio do ano que vem e 1% em maio de 2015) e os trabalhadores queriam que o realinhamento ocorresse no prazo de um ano.
Sem entendimento, foi sorteado um relator para o caso, que será Maurício Godinho Delgado. Ele irá preparar o voto e apresentar a instrução na Seção de Dissídios Coletivos (SDC) do TST que, então, definirá o reajuste dos trabalhadores da Eletrobras. Não há data definida para a decisão. Até lá, se as partes chegarem a um acordo, podem apresentar a proposta ao TST, para homologação.