AT&T: operação, que atinge 67,1 bilhões de dólares se a compra da dívida for incluída, havia sido anunciada no ano passado (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2015 às 09h38.
A divisão antimonopólio do departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que apoia a fusão - por 49 bilhões de dólares - da operadora de televisão por satélite DirecTV com a gigante das telecomunicações AT&T.
A operação, que atinge 67,1 bilhões de dólares se a compra da dívida for incluída, havia sido anunciada no ano passado para promover os projetos da AT&T no setor de TV nos Estados Unidos e na América Latina.
AT&T investiu muito nos últimos anos em sua rede de fibra ótica, o que lhe permite oferecer serviços de televisão e Internet em banda larga.
Já a DirecTV tem 20 milhões de clientes nos Estados Unidos, onde ocupa a segunda posição no setor, e outros 18 milhões na América Latina.
Os serviços encarregados de proteger a livre concorrência vinculados ao departamento de Justiça (DoJ) anunciaram nesta terça-feira que após uma extensa investigação, decidiram não se opor à fusão por considerar que "não apresenta riscos significativos para a concorrência".
Segundo um responsável do órgão, Bill Baer, sua equipe trabalhou em conjunto com o regulador das telecomunicações nos Estados Unidos (FCC), que avaliou que a transação "trará benefícios importantes a milhões de assinantes".
O FCC dará agora a última palavra sobre a fusão, que deve ser ratificada sob "um certo número de condições", incluindo o compromisso da AT&T de instalar "uma rede de banda larga com fibra ótica competitiva" que incorpore 12,5 milhões de novos lares, aumentando em mais de 40% a cobertura residencial com fibra ótica no país.