Navio-plataforma da OGX (Divulgação/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 4 de abril de 2018 às 06h00.
Última atualização em 4 de abril de 2018 às 06h00.
São Paulo - Com a recuperação da economia, a maior parte das empresas abertas também viu o resultado melhorar. As empresas de capital aberto lucraram, no total, 144 bilhões de reais em 2017, um aumento de 17,06% nos últimos 12 meses, de acordo com levantamento da Economática.
No entanto, o ano não foi tão positivo para todas as companhias e muitas amargaram prejuízos bilionários.
A antiga OGX, Dommo Energia, foi a empresa com o maior prejuízo no ano. Ela teve principalmente perdas operacionais por conta de uma baixa contábil, dos investimentos realizados no Bloco BS-4, na Bacia de Santos. Ao reavaliar o valor desse ativo e a possibilidade de vender 75% dos 40% de participação que tem no bloco, fez um "impairment" de 651,1 milhões de reais, ou seja, verificou que valia menos do que inicialmente previsto.
A companhia, parte do antigo Império X de Eike Batista, encerrou no ano passado a sua recuperação judicial, iniciada no final de 2013. Nesses quase quatro anos, liquidou dívidas superiores a 13,8 bilhões de reais.
A Eletrobras apresentou o segundo maior prejuízo do ano, de acordo com a Economática. Ela teve prejuízo em cinco dos últimos seis anos e acumulou perdas de 28 bilhões de reais no período. O governo discute o projeto de lei de privatização da distribuidora de energia, que pode sair até dezembro.
A BR Pharma, empresa criada com planos grandiosos, também está na lista dos maiores prejuízos, assim como a BRF.
Confira na lista abaixo quais foram os 20 maiores prejuízos de 2017, de acordo com levantamento feito pela Economática.
Empresa | Prejuízo em 2017 | Prejuízo em 2016 | Variação em reais |
---|---|---|---|
Dommo | - R$ 1,95 bilhão | - R$ 698,95 milhões | - R$ 1,25 bilhão |
Eletrobras | - R$ 1,76 bilhão | R$ 3,42 bilhões | - R$ 5,19 bilhões |
BR Pharma | - R$ 1,62 bilhão | - R$ 634,3 milhões | - R$ 987,33 milhões |
Mendes Jr | - R$ 1,53 bilhão | - R$ 918,3 milhões | - R$ 612,39 milhões |
Renova | - R$ 1,14 bilhão | - R$ 1,1 bilhão | - R$ 38,06 milhões |
BRF SA | - R$ 1,12 bilhão | - R$ 372,4 milhões | - R$ 753,19 milhões |
Prumo | - R$ 983,2 milhões | - R$ 262,8 milhões | - R$ 720,43 milhões |
Gafisa | - R$ 849,8 milhões | - R$ 1,16 bilhão | R$ 313,74 milhões |
Eletropaulo | - R$ 844,4 milhões | R$ 20,92 milhões | - R$ 865,35 milhões |
Biosev | - R$ 823,1 milhões | - R$ 286,9 milhões | - R$ 536,26 milhões |
BR Malls Par | - R$ 796,3 milhões | R$ 171,25 milhões | - R$ 967,53 milhões |
Log-In | - R$ 606,9 milhões | R$ 94,1 milhões | - R$ 700,98 milhões |
Ppla (companhia de investimentos) | - R$ 532,1 milhões | R$ 108,3 milhões | - R$ 640,4 milhões |
Tecnisa | - R$ 520,6 milhões | - R$ 449 milhões | - R$ 71,67 milhões |
OSX Brasil | - R$ 501,9 milhões | - R$ 1,4 bilhão | R$ 901,04 milhões |
Marfrig | - R$ 483,5 milhões | - R$ 679 milhões | R$ 195,73 milhões |
Petrobras | - R$ 446 milhões | - R$ 14,82 bilhões | R$ 14,38 bilhões |
Joao Fortes | - R$ 422,5 milhões | - R$ 439,8 milhões | R$ 17,27 milhões |
B2W Digital | - R$ 411,4 milhões | - R$ 485,86 milhões | R$ 74,41 milhões |
Liq (gestão de relacionamento com o consumidor) | - R$ 386,4 milhões | - R$ 73,93 milhões | - R$ 312,45 milhões |