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1. As premiadas
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1/19 (Joe Raedle/Getty Images)
São Paulo - Em tempos difíceis, a busca por eficiência e competitividade acaba por ser crucial para empresas que querem preservar sua história, seu negócio.
A 42ª edição do Melhores e Maiores de EXAME premia as companhias que foram destaque nesse sentido em 18 setores da economia. Para chegar ao resultado, balanços de 3.000 empresas e 80.000 indicadores financeiros foram minunciosamente checados e analisados. O estudo foi feito em parceria com a FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. Veja, a seguir, quais empresas foram destaque.
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2. Samarco - Mineração
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2/19 (Divulgação/Samarco)
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Samarco conseguiu crescer mesmo em meio à desaceleração econômica e queda no preço do minério de ferro. Ela obteve a melhor rentabilidade do setor e é destaque pela terceira vez, com um faturamento de 2,6 bilhões de dólares e lucro de 1 bilhão de dólares. O segredo, segundo a empresa, é planejamento, controle de custos e fidelização de clientes. Ela inaugurou sua quarta unidade de produção, que já estava nos planos desde 2008.
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3. Klabin – Papel e Celulose
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3/19 (Marcelo Min)
A retração da economia e, consequentemente, do setor de embalagens, além da desvalorização do real, não assustaram a
Klabin, maior produtora brasileira de papéis para embalagens. Com o cenário nacional fraco, ela decidiu focar no mercado externo. As vendas ao exterior devem atingir de 35% a 40% do faturamento até o fim deste ano e 50% até 2016. Para atender essa demanda, a empresa realizou o maior investimento de sua história: 6,8 bilhões de reais em uma nova fábrica, que começará a operar ano que vem.
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4. Innova – Química e Petroquímica
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4/19 (Divulgação/Innova)
A transferência de controle acionário da Innova, que passou da Petrobras para a Videolar, deu um fôlego novo para a empresa investir. Apesar de um ano “perdido” com os entraves da venda, a Innova manteve sua margem de vendas em 11%. Em 2015, ela irá investir mais de 30 milhões de reais, o triplo do valor de 2014, e pretende recuperar o mercado que perdeu para concorrentes estrangeiras.
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5. Cielo - Serviços
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5/19 (Paulo Fridman/Bloomberg)
É a décima vez que a
Cielo ocupa a posição de melhor empresa de serviços no ranking Melhores e Maiores, da EXAME. Em 2014, 518 bilhões de reais passaram pelas suas máquinas, presentes em 1,6 milhão de estabelecimentos. Junto com o Banco do Brasil, firmou sua mais importante parceria, criando a companhia Cateno para realizar as transações dos cartões Ourocard. Ela também abriu sua primeira loja física em São Paulo, pensando em atrair novos clientes.
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6. CBMM – Siderurgia e Metalurgia
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6/19 (Arquivo)
A procura por carros mais eficientes é uma enorme oportunidade para a Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia. Ela é a maior produtora de nióbio do mundo, com 80% do mercado. A adição desse mineral no aço torna o carro mais leve e, portanto, exige menos combustível. O minério ainda é desconhecido na indústria e a empresa quer aumentar sua utilização também em outras áreas, como componentes eletrônicos.
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7. Telefônica – Telecomunicações
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7/19 (Susana Vera/Reuters)
Maior empresa do setor no país, a Telefônica viveu grandes transformações em 2014. Com a compra da operadora GVT, antes controlada pela Vivendi, ela obteve acesso a uma rede de fibra óptica em 156 cidades. Depois da aquisição e com uma nova diretoria, a dona da Vivo no Brasil quer melhorar a imagem da empresa no ranking de reclamações do Procon em São Paulo. Além disso, almeja se tornar mais digital, vendendo mais aplicativos para smartphones.
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8. Hering – Têxtil
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8/19 (Divulgação/Hering)
A
Hering está na liderança no setor têxtil por conta de sua geração de riqueza, de 33.500 dólares por funcionário, e sua rentabilidade, de quase 24% de retorno sobre investimento. No entanto, o desânimo no consumo, o encalhe de peças nas lojas e a desvalorização do real, que encarece peças importadas, são alguns dos desafios que a centenária precisará enfrentar. Para combater esses desafios, a varejista quer aumentar as vendas sem precisar abrir novas lojas.
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9. Lojas Americanas – Varejo
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9/19 (Lia Lubambo/EXAME/Exame)
Em um ano que o varejo teve o pior desempenho dos últimos 11 anos em vendas, a
Lojas Americanas cresceu 7% e faturou 3 bilhões de dólares. A varejista anunciou seu plano mais ambicioso para o futuro, com uma meta de abrir 800 lojas e dois centros de distribuição nos próximos cinco anos. Para isso, ela irá investir 4 bilhões de reais. Para oferecer os produtos mais adequados, a companhia quer conhecer melhor os hábitos dos seus consumidores. O BradesCard, um cartão de crédito criado em parceria com o Bradesco, pode ajudar nisso.
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10. Ipiranga – Atacado
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10/19 (GERMANO LUDERS)
Pelo quinto ano consecutivo, a Ipiranga foi eleita a melhor empresa do setor de atacado. A rede de postos de combustíveis continua investindo para se transformar em uma companhia de serviços. Ela detém hoje 43% do mercado de conveniência no país e oferece aos clientes caixas eletrônicos, padaria e wi-fi grátis. Suas vendas totais alcançaram 20,2 bilhões de dólares no ano passado.
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11. Randon – Autoindústria
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11/19 (.)
A Randon Implementos, principal empresa do grupo Randon, foi o destaque do setor de autoindústria em 2014. Ela lucrou 59 milhões de dólares no período, um retorno de quase 12% sobre seu patrimônio líquido. Parte dos ganhos está relacionado à incorporação de uma fornecedora, que gerou uma economia de 1,5 milhão de reais por ano. O conglomerado, no geral, teve queda nas receitas.
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12. WEG – Bens de capital
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12/19 (Germano Lüders/EXAME)
Em 2014, a receita líquida da WEG chegou a 8,2 bilhões de reais, (4,8 bilhões só com o braço de equipamentos elétricos). Seu sucesso pode ser creditado, em partes, à mira no exterior. Hoje, mais da metade do faturamento vem de produtos que ela fabrica fora do país e de exportações. No ano passado, ela comprou uma fabricante de motores para eletrodomésticos na China e também está construindo uma planta própria no país.
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13. Natura – Bens de consumo
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13/19 (Divulgação / Natura)
A rentabilidade da Natura em 2014, de 37,6%, foi a segunda maior de todo o setor de bens de consumo, atrás apenas da Souza Cruz. Apesar disso, a companhia ainda tenta retomar a liderança na venda de perfumes, perdida para O Boticário há dois anos. Com esse objetivo, ela tem investido em produtos para adolescentes e para a classe C e em vendas pela internet e no exterior. Sua receita líquida foi de 2,1 bilhões de dólares no ano passado.
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14. Whirlpool – Eletroeletrônico
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14/19 (Daniel Acker/Bloomberg)
Mesmo com o bem-sucedido lançamento da cervejeira Consul durante a Copa, a Whirlpool teve queda nas receitas em 2014. O lucro de 215 milhões de dólares e o retorno líquido de 20,4% sobre o patrimônio no ano, porém, fizeram com que ela fosse eleita pela terceira vez seguida a melhor do setor. Nos últimos 12 meses, a empresa cortou 15% dos funcionários no país. Para reverter o quadro, continua apostando em novos produtos, como a máquina que transforma cápsulas em refrigerante e cerveja.
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15. Comerc – Energia
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15/19 (Divulgação/Comerc)
A Comerc atua no comércio livre (não regulado) de energia e gere 15% desse mercado no país. Por conta do lucro líquido de quase 30 milhões de dólares no ano passado, que gerou um retorno de 66% sobre o patrimônio, ela aparece pela primeira vez no Melhores e Maiores. Focada em energia renovável, a empresa criou uma certificação que mede a quantidade de gás carbônico que outras companhias deixam de lançar no ar. Mais de 1.200 selos já foram emitidos.
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16. Roche – Farmacêutico
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16/19 (Sebastien Bozon/AFP)
A estratégia da Roche para crescer é priorizar a venda de medicamentos de alto custo a hospitais do SUS. Cerca de 35% das vendas da empresa no Brasil já vêm desse nicho. Ela também aposta em drogas para o tratamento de câncer e nas áreas de imunologia e neurologia. Nos últimos três anos, a companhia investiu 370 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento no país.
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17. Votorantim – Indústria da Construção
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17/19 (Marcos Rosa/VEJA)
Apesar do baque sofrido com a economia fraca, a Votorantim Cimentos não tirou o pé do acelerador. Em 2014 ela ampliou uma fábrica e deu andamento à construção de outras duas. Neste ano, mais quatro plantas devem começar a ser levantadas. Para o curto prazo, a empresa cortou gastos com telefonia, viagens e consultoria e desenvolveu novos concretos. Sua receita em 2014 foi de 2,3 bilhões de dólares, uma queda de 1% ante o ano anterior, e o lucro chegou a 370 milhões de dólares.
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18. Totvs – Indústria Digital
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18/19 (Germano Lüders/EXAME.com)
Com a economia firme ou em crise, 14% da receita líquida anual da Totvs sempre é investido em inovação. No ano passado, a empresa mudou seu modelo de negócios. Os clientes agora pagam uma mensalidade para acessar os softwares da companhia pela internet, sem necessidade de instalá-los em seus próprios computadores, o que deve aumentar o faturamento no médio prazo. A Totvs detém metade do mercado de softwares de gestão no país e faturou 530 milhões de dólares em 2014.
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19. JSL - Transportes
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19/19 (Divulgação)
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JSL é a maior operadora logística rodoviária do país, com 6.500 caminhões, 1.300 ônibus e 50.000 carros rodando pelo Brasil. Apesar disso, a retração econômica deve obrigar a empresa a operar com margens reduzidas. Mas a crise pode ser uma boa oportunidade. Ela quer atrair novos clientes que queiram reduzir custos com a terceirização do serviço de transportes.