-
1. 1. Petrobras: -1,3 bilhão de reais
zoom_out_map
1/11 (Andre Valentim / EXAME)
A empresa religiosamente aparecia entre as companhias com maiores lucros trimestrais. Mas desta vez a valorização do real teve um gosto amargo para a Petrobras. A estatal apresentou o primeiro prejuízo trimestral em 13 anos, avaliado em 1,3 bilhão de reais. O aumento da moeda americana afetou tanto o endividamento da companhia, quanto seus custos dolarizados. Não por menos, o resultado financeiro líquido ficou negativo em 6,407 bilhões. No mesmo período de 2011, a Petrobras havia apresentado um número positivo em 2,901 bilhões. Maiores gastos com baixas de poços secos ou subcomerciais, perfurados principalmente entre 2009 e 2012, e a diminuição da produção de óleo em função de paradas para manutenção contribuíram para avolumar o prejuízo.
-
2. 2. CSN: -1 bilhão de reais
zoom_out_map
2/11 (Divulgação)
A reclassificação contábil foi a justificativa da CSN para a perda de 1,03 bilhão de reais registrada entre abril e junho deste ano. O valor refere-se ao montante atribuído aos sócios controladores. A CSN optou por fazer um ajuste de mais de 1,5 bilhão no balanço em função da desvalorização das ações da Usiminas no mercado - a CSN detém 20,14% das ações preferenciais e 11,66% das ações ordinárias da siderúrgica mineira. Na visão da CSN, os papéis não devem se recuperar tão cedo. Veio daí a decisão de contabilizar a queda sofrida pelos ativos. No mesmo período do ano passado, a empresa teve lucro de 1,1 bilhão de reais.
-
3. 3. Braskem: -1 bilhão de reais
zoom_out_map
3/11 (Germano Lüders/EXAME)
O real mais fraco também fez a Braskem perder muito. O prejuízo da companhia chegou a 1,03 bilhão entre abril e junho, contra lucro de 420 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado financeiro líquido ficou negativo em nada menos que 2,1 bilhões. Segundo a empresa, 100% da sua receita está vinculada, direta ou indiretamente, à variação do dólar. O percentual é de 80% para os custos da companhia.
-
4. 4. Gol: -715 milhões de reais
zoom_out_map
4/11 (Raul Junior / VOCÊ S.A.)
Combustível mais caro, aumento das tarifas aeroportuárias e, outra vez, dólar mais caro. Juntas, as variáveis traçaram "a combinação mais adversa" para a Gol, nas palavras do seu presidente, Paulo Kakinoff. O resultado foi um prejuízo líquido de 715 milhões de reais. Com isso, a companhia aérea acabou revisando boa parte de suas projeções para o ano. Agora, o crescimento da demanda está previso para 6% a 9%, ante expectativa anterior de 7% a 10%. O ebit, que representa a margem operacional antes de juros e impostos, deverá ir para o campo negativo, depois de ter sido estimado em uma faixa 4% a 7%.
-
5. 5. Fibria: -525,8 milhões de reais
zoom_out_map
5/11 (Ricardo Teles)
A Fibria teve um prejuízo de 525,8 milhões de reais, após registrar lucro líquido de 215 milhões no mesmo intervalo de 2011. Neste caso, o dólar também foi algoz. A alta de 11% na moeda no segundo trimestre acabou penalizando a dívida dolarizada da empresa. Esse, que responde por 93% do endividamento bruto total da Fibria, chegou a 981 milhões de reais no período.
-
6. 6. PDG Realty: -450 milhões de reais
zoom_out_map
6/11 (EDUARDO MONTEIRO)
No sexto lugar da lista, a PDG reviu orçamentos e modificou o cronograma de entrega de alguns empreendimentos. A estratégia acabou pesando na última linha do balanço, negativa em 450 milhões de reais. No mesmo trimestre de 2011, o lucro da empresa havia alcançado 241,5 milhões. De um total de 315 projetos, 108 sofreram alguma modificação. O acréscimo de custos chegou a 478 milhões de reais.
-
7. 7. MMX: -392,2 milhões de reais
zoom_out_map
7/11 (MMX)
A mineradora de Eike Batista perdeu 392,2 milhões entre abril e junho depois de ganhos líquidos de 49,2 milhões no mesmo trimestre de 2012. Os números fazem referência ao prejuízo atribuído aos acionistas controladores. Além da subida do dólar ter contribuído para deixar o resultado financeiro no vermelho, a companhia registrou um volume mais fraco de minérios vendidos. Para terminar, os preços da commodity também ficaram 20% mais baratos no período.
-
8. 8. OGX: -390 milhões de reais
zoom_out_map
8/11
Para os acionistas controladores, o prejuízo da OGX no trimestre foi de 390 milhões de reais, ante perda de 108,7 milhões apresentada em igual período do ano passado. A empresa de petróleo de Eike Batista engrossou o coro das companhias que sofreram com a desvalorização do real. Mas independente da despesa financeira líquida de 375,3 milhões de reais - diretamente afetada pela oscilação do câmbio -, a OGX também teve que arcar com a baixa de três poços considerados secos ou subcomerciais, que acabaram representando uma perda de 145,5 milhões.
-
9. 9. Brookfield: -383,4 milhões de reais
zoom_out_map
9/11 (Germano Lüders)
A Brookfield também reverteu o quadro positivo de 2011, descendo de lucro de 78,2 milhões de reais para prejuízo de 383,4 milhões em 2012. A incorporadora acusa a realização do ajustes de orçamento pela virada. A revisão custou 316,9 milhões de reais - ou 3,2% do custo total dos projetos em execução. Segundo a Brookfield, a operação levou a um impacto contábil negativo de 295,8 milhões no lucro líquido do trimestre.
-
10. 10. Suzano: -264,2 milhões de reais
zoom_out_map
10/11 (Germano Lüders/EXAME.com)
Depois de registrar um lucro líquido de 103,5 milhões de reais no segundo trimestre de 2011, a Suzano teve perdas de 264,2 milhões em igual período deste ano, prejuízo que lhe rendeu o décimo lugar no ranking das empresas que mais perderam dinheiro entre abril e junho. A segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto também culpa a escalada do dólar pela derrocada. Como nas demais empresas da lista, o impacto da variação cambial acabou aumentando as dívidas da empresa na moeda norte-americana. Com isso, o resultado financeiro líquido ficou negativo em 534 milhões de reais.
-
11. Veja agora as companhias que entraram na mira da Justiça do Trabalho
zoom_out_map
11/11 (EXAME)