Bomba de combustível: a catarinense Arxo fechou um contrato de R$ 85 milhões com a Petrobras em outubro (grafoto//Thinkstock)
Tatiana Vaz
Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 13h18.
São Paulo – Até esta manhã você pode nunca ter escutado falar da empresa Arxo, que está na mira da PF por conta da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras.
Porém, se você abastece seu carro em qualquer posto de gasolina do país, pode crer que talvez você já tenha usado alguns de seus serviços.
Sete de cada dez postos de combustíveis brasileiros usam os tanques da companhia, segundo uma entrevista recente dada pelo diretor comercial Cidemar Dalla Zen.
Além dos tanques, a Arxo fornece ainda tanques de grandes capacidades, caminhões tanques, vaso de pressão, entre outros equipamentos, para a indústria de óleo e gás.
Contrato histórico
Fundada em 1967 e com sede em Balneário Piçarras, Santa Catarina, a empresa é há anos uma das principais fornecedoras de produtos industriais da Petrobras.
Por conta disso, em outubro fechou um contrato histórico com a maior empresa do país: o fornecimento de 80 CTAs (Caminhões Tanques de Abastecimento de Aeronaves) para renovar a frota da Petrobras Distribuidora.
O acordo foi fechado em R$ 85 milhões e a primeira parte da entrega seria feita a partir de fevereiro.
O curioso é que a fornecedora afirma que, com um pedido tão grande assim no bolso, sua expectativa era de faturar R$ 200 milhões em 2015.
Não há como saber o faturamento da companhia até então, nem seu número de funcionários.
O que dá para saber é que, hoje, a Arxo está com sua operação suspensa, enquanto a PF cumpre o mandado de busca e apreensão.