Régis Bittencourt, em São Paulo: companhia tem concessões de rodovias nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Ciete Silverio/Quatro Rodas)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 12h42.
São Paulo - A Arteris pode participar de leilões de alguns dos sete lotes de rodovias que o governo deve conceder à iniciativa privada, mas espera mais dados da licitação antes de decidir.
"Estamos estudando algumas rodovias que entendemos fazer sentido para a Arteris. Vai depender dos editais", disse o diretor de Relações de Investidores da Arteris, Alessando Levy, em teleconferência com analistas nesta quarta-feira.
Antes, a empresa dissera que iria focar nos ativos que já detém, após a transferência do controle acionário da espanhola OHL para a também espanhola Abertis e o fundo canadense Brookfield, no fim de 2012.
A Arteris tem concessões de rodovias nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, incluindo as estradas Régis Bittencourt (BR-116), Fernão Dias (BR-381), e o trecho fluminense da BR-101.
O governo federal pretende licitar trechos da BR-262; BR-050; BR-060; BR-153; BR-101 (BA); BR-163 (MT) e BR-267. Somam-se a esses a BR-040 e a BR-116, cujo leilão marcado para janeiro foi adiado sem nova data para acontecer.
Questionado sobre a taxa interna de retorno (TIR) dos projetos, Levy afirmou que isso será definido nos leilões.
"A TIR quem vai definir é o próprio mercado. Se as condições do leilão são condições de riscos elevados, é provavel que investidor só aceite níveis mais altos", disse.
Atualmente o governo estima taxa de retorno de 5,5 por cento para cada projeto.
Levy ressaltou que as exigências de obras nas rodovias e os prazos para sua execução tornam os projetos de alto risco. "Nós entendemos esse nivel de execução de alto risco."
Investimentos
No primeiro trimestre a Arteris investiu 266,4 milhões de reais. A previsão para o ano é de 1,3 bilhão de reais. Segundo Levy, o cenário para o setor nos próximos anos deve manter o nível de investimentos anuais em torno de 1 bilhão de reais.
"Não temos exatamente uma previsão exata. Mas nos próximos anos, a intensidade de investimentos é relevante. A gente pode dizer que não vamos trabalhar com investimentos anuais menores que 1 bilhão de reais", disse. (Por Roberta Vilas Boas; Edição de Aluísio Alves)