The Slack Technologies Inc. application is displayed in the App Store on an Apple Inc. iPhone in an arranged photograph taken in Arlington, Virginia, U.S. on Monday, April 29, 2019. Slack's filing last week confirms its plans to avoid a traditional public offering and instead list its shares directly on the New York Stock Exchange under the symbol SK. Photographer: Andrew Harrer/Bloomberg via Getty Images (Bloomberg/Getty Images)
Karin Salomão
Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 12h52.
Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 13h58.
O corresponsável por fusões e aquisições globais do JPMorgan Chase diz que a pausa do Natal será curta para banqueiros de investimento em meio à retomada das negociações perto do fim do ano.
Os acordos têm aumentado em todas as regiões e setores, disse Dirk Albersmeier em entrevista à Bloomberg TV na quinta-feira. Um “forte desejo político” de criar campeões nacionais na Europa impulsiona a consolidação em setores como o bancário, disse. As transações internacionais têm sido impulsionadas por empresas de saúde, tecnologia e industriais.
“Certamente, não será uma longa pausa de Natal para banqueiros de fusões e aquisições”, disse Albersmeier. “Não há absolutamente nenhum sinal de que esse ritmo esteja diminuindo.”
O valor das transações globais aumentou mais de 30% desde julho, para US$ 1,8 trilhão, segundo dados compilados pela Bloomberg, no que tem sido uma forte recuperação em relação ao primeiro semestre, que foi impactado pela pandemia. Só nesta semana, a S&P Global anunciou a aquisição por US$ 39 bilhões da IHS Markit - o segundo maior negócio do ano - e a Salesforce.com fechou um acordo para comprar a Slack Technologies por US$ 27,7 bilhões.
Albersmeier disse que a proliferação das chamadas empresas de cheque em branco - ou sociedades de propósito específico para aquisição (SPACs, na sigla em inglês) - criou um importante grupo de compradores no mercado de fusões e aquisições. Magnatas de todos os setores levantaram uma quantia recorde por meio de SPACs neste ano. Embora negócios nos EUA tenham sido foco, Albersmeier disse que a tendência deve crescer na Europa no próximo ano.
“Há claramente o risco de um certo desequilíbrio entre oferta e demanda, e é por isso que agora estamos vendo SPACs procurando alvos fora dos EUA”, afirmou.
O JPMorgan ocupa o terceiro lugar em assessoria de acordos globais em 2020, de acordo dados compilados pela Bloomberg, atrás dos rivais Goldman Sachs e Morgan Stanley, em primeiro e segundo lugar.