É provável que o Apple Watch acabe não sendo o aparelho mais vendido dos que chegaram às lojas na sexta-feira.
Apesar do entusiasmo com o grande lançamento do dispositivo mais novo da Apple, que agora está disponível para ser testado nas lojas e para pedidos antecipados on-line, os modelos Samsung Galaxy S6 e S6 Edge estão acumulando vendas enormes de forma discreta, segundo estimativas de analistas.
Os novos smartphones da Samsung Electronics, que saíram à venda no dia 10 de abril, faturaram um montante estimado de 20 milhões de pedidos antecipados, segundo uma matéria do Korea Times.
Além disso, o jornal informa que se espera que a Samsung envie dez milhões de unidades mais rapidamente do que com qualquer modelo anterior do Galaxy.
O Galaxy S5 estabeleceu o recorde anterior com 25 dias, dois dias mais rápido do que o imensamente popular Galaxy S4. A T-Mobile US, a quarta maior operadora dos EUA, diz que suas primeiras vendas do S6 “quase dobram” as do S5. Os últimos modelos estão recebendo críticas elogiosas. (Sam Grobart, da Bloomberg Businessweek, os descreve como “chiques”).
Expectativas
A Samsung espera que este seja o Galaxy S mais vendido da história e a maioria dos analistas concorda.
A IBK Securities prevê que o colosso coreano da eletrônica de consumo possa enviar até 55 milhões de modelos S6. Existem estimativas de vendas para o Apple Watch por todos os lados, mas nenhum analista importante se arriscou a palpitar vendas tão altas assim para 2015.
A média de estimativas de cinco analistas consultados pela Bloomberg é de pouco menos de 14 milhões de unidades para o ano fiscal terminado em setembro. A Apple talvez tenha vendido um milhão de relógios no fim de semana, segundo as empresas de análise Cowen e Slice Intelligence.
Como ambos os produtos chegaram às lojas no mesmo dia, o Apple Watch e o Galaxy S6 estão concorrendo cabeça a cabeça por uma parcela da opinião favorável das pessoas e por sua renda disponível. A maioria dos americanos não vai gastar sua restituição de impostos em dois aparelhos caros de que não precisa.
Para obter uma medida do grau de interesse que os produtos estão suscitando nas pessoas, dados de buscas no Google mostram uma liderança considerável do Galaxy S6 no momento mais importante – agora mesmo, quando as pessoas vão às lojas ou procuram on-line para tomar uma decisão de compra.
Mercados desiguais
No entanto, relógios inteligentes e smartphones não são coisas iguais. O mercado global de smartphones poderia alcançar 28,1 milhões de unidades neste ano, e a Apple representaria mais de metade dessas vendas, segundo a empresa de pesquisa Strategy Analytics. O começo antecipado da Samsung com seus relógios Gear não ajudou muito a combater o Apple Watch.
Enquanto isso, a participação da Apple nos smartphones é de cerca de 15 por cento, segundo a empresa de pesquisa IDC. Mas considerando que o mercado era de 1,3 bilhão de unidades no ano passado, 15 por cento não parece tão ruim assim. No ano passado, o iPhone 6 e o iPhone 6 Plus atingiram a cobiçada marca de 10 milhões de unidades vendidas em um único fim de semana.
Portanto, apesar de ser possível que a Samsung ganhe a batalha da venda de aparelhos em abril, é improvável que seu Galaxy S6 destrone o iPhone 6. Se o impressionante trimestre de fim de ano da Apple não foi prova suficiente (74,5 milhões de iPhone vendidos), confira os dados do Google.
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1. O relógio da Apple
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1/15 (Reuters / Stephen Lam)
São Paulo -- O
Apple Watch chega às lojas no dia 24 de abril nos Estados Unidos e em outros oito países (mas, por enquanto, não no Brasil). Se a expectativa do mercado se confirmar, vai ser um sucesso de vendas. Analistas preveem que até
30 milhões de unidades podem ser vendidas neste ano. É dez vezes o total de relógios inteligentes vendidos até agora. Mas isso não significa que você deva correr para arrematar seu Watch. Veja seis razões para comprar o relógio da Apple e seis para não comprá-lo.
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2. Comprar: Smartphone no bolso
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2/15 (Divulgação / Apple)
Um estudo recente apurou que usuários de smartphone olham a tela do aparelho 220 vezes por dia, em média. Outra pesquisa
indica que metade das interações das pessoas com o celular envolvem notificações, consultas ao relógio ou calendário, fotos, curtidas no Facebook e mensagens curtas. São coisas que caberiam na telinha de um relógio. Assim, em vez de ficar tirando o celular do bolso (ou da bolsa), é mais prático olhar para o pulso para verificar essas coisas.
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3. Comprar: É fácil de usar
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3/15 (Reuters / Robert Galbraith)
A interface gráfica do Apple Watch foi elaborada para uso num relógio. Em vez da grade de ícones quadrados vista no iPhone, há ícones circulares que podem ser movidos na tela. Eles ficam maiores perto do centro para que seja mais fácil tocá-los com o dedo. A coroa do relógio e o botão lateral complementam a tela sensível ao toque. Pessoas que experimentaram o Watch dizem que o conjunto é prático e muito fácil de usar.
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4. Comprar: Apps para tudo
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4/15 (Divulgação / Apple)
Quando a Apple começar a vender o Apple Watch, no dia 24 de abril, a App Store vai ganhar uma seção com apps específicos para o relógio. Eles vão rodar no iPhone, mas com uma extensão no Watch – de modo que o usuário possa interagir com eles na telinha de pulso. Como a aconteceu com os PCs, tablets e smartphones, podemos esperar uma enxurrada de novos aplicativos que vão acrescentar cada vez mais funções ao Watch. Entre as empresas que já criaram apps para o relógio estão Nike, CNN, Twitter, Ebay, New York Times, ESPN, American Airlines e muitas outras.
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5. Comprar: Treinador de pulso
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5/15 (Divulgação / Apple)
É verdade que uma pulseirinha de monitoração de atividades pode contar seus passos e registrar seus exercícios físicos. Mas o Apple Watch faz muito mais. Ele pode mandar você se movimentar quando está parado há muito tempo, por exemplo. Ele também mede seus batimentos cardíacos para ajudá-lo a manter-se dentro da frequência ideal durante os treinos. Numa corrida, caminhada ou pedalada, o Watch pode dizer para você acelerar ou reduzir o ritmo. Também pode indicar o caminho, algo que as pulseiras de exercícios não fazem.
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6. Comprar: Muitos relógios em um
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6/15 (Reuters / Robert Galbraith)
O usuário do Apple Watch poderá escolher entre dezenas de mostradores. Há desde desenhos clássicos que imitam relógios mecânicos até um em que Mickey Mouse aponta as horas enquanto balança o pé no ritmo dos segundos. Em muitas dessas faces, o usuário pode escolher as cores e as informações na tela. Além disso, como acontece nos smartphones, o relógio será sincronizado via internet. E ele vai se ajustar automaticamente ao início e ao fim do horário de Verão.
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7. Comprar: Complicações
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7/15 (Divulgação / Apple)
Alguns mostradores do Apple Watch exibem, além da hora, informações adicionais como condições meteorológicas, fases da Lua e até cotações de ações. A Apple chama esses indicadores extras de complicações, termo emprestado da indústria relojoeira tradicional. Podem oferecer rapidamente informações que você busca com frequência.
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8. Talvez: Apple Pay
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8/15 (Getty Images / Justin Sullivan)
Um dos atrativos do Apple Watch é permitir pagamentos via Apple Pay. O relógio inclui uma conexão sem fio
NFC, de curta distância. Bastará aproximá-lo de um terminal de pagamento para fechar a conta (isso também pode ser feito com o iPhone 6 ou 6 Plus, como nesta foto). Mas, por enquanto, o serviço de pagamentos da Apple só está disponível nos Estados Unidos. É provável que ele chegue ao Brasil algum dia. Mas, até lá, talvez seu Apple Watch já tenha sido aposentado.
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9. Não comprar: É a primeira geração
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9/15 (Reuters / Robert Galbraith)
Quem se lembra do primeiro iPhone? Ele não tinha conexão 3G nem GPS, recursos que a Apple incorporou ao iPhone 3G, lançado um ano depois. Já o iPad não tinha câmeras em sua primeira geração. Elas estrearam no iPad 2. Nos dois casos, quem comprou o modelo inicial pode ter se ficado frustrado depois. É provável que isso também aconteça com o Apple Watch. Dispositivos digitais tendem a ficar muito melhores lá pela segunda ou terceira geração, quando o uso prático já mostrou ao fabricante o que precisava ser acrescentado ou corrigido neles.
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10. Não comprar: Para que ele serve?
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10/15 (Divulgação / Apple)
O Apple Watch não é capaz de rodar aplicativos de forma independente. Ele apenas permite interagir com apps instalados no iPhone, que deve estar conectado a ele via Bluetooth. Além disso, a telinha do relógio pode ser pequena demais para consultar mapas, ler textos longos ou ver fotos, por exemplo. Assim, em muitas situações, o Watch vai servir basicamente para lembrá-lo de tirar seu iPhone do bolso.
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11. Não comprar: Não é um Rolex
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11/15 (Divulgação)
Para muita gente, o relógio é um símbolo de status. Quem tem um modelo de luxo no pulso dificilmente vai se sentir satisfeito com o Apple Watch – mesmo que seja aquele revestido em ouro e vendido por até 17 mil dólares nos Estados Unidos. A telinha de cristal líquido denuncia logo que aquilo não é um relógio “de verdade”.
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12. Não comprar: Terá vida curta
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12/15 (Reuters / Robert Galbraith)
Diferentemente de um relógio tradicional, que pode durar muito, o Apple Watch provavelmente terá vida útil de poucos anos. O relógio vai evoluir rapidamente, o que deve tornar o modelo atual ultrapassado em pouco tempo. Um avanço futuro que a Apple já antecipou é que, em algum momento, ele vai ser capaz de rodar aplicativos de forma independente, algo que não é possível nessa primeira geração.
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13. Não comprar: Só iPhone 5 ou mais novo
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13/15 (Divulgação / Apple)
Como dissemos, o Apple Watch só funciona plenamente quando conectado a um iPhone via Bluetooth. O detalhe é que deve ser um iPhone 5 ou mais recente. Isso deixa fora quem tem um modelo mais antigo do iPhone. E, claro, se você tiver smartphone de outra marca pode esquecer o Apple Watch.
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14. Não comprar: Há outra opção
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14/15 (AFP)
Seu smartphone já faz quase tudo que o Apple Watch pode fazer. Pode contar seus passos, indicar o caminho e fazer chamadas telefônicas, além de oferecer muitas outras formas de comunicação. Quer registrar seus exercícios físicos? Você pode fazer isso com uma pulseira de monitoração de atividades (como a Jawbone Up desta foto). Ela custa menos da metade do que custa um Apple Watch dos mais simples. Além disso, a pulseira é mais leve e discreta que o relógio.
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15. Agora veja mais novidades da Apple:
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15/15 (Divulgação/Apple)