Apple: a iniciativa será liderada por Lisa Jackson, a primeira mulher negra a liderar a agência ambiental dos EUA (Anadolu Agency/Getty Images)
AFP
Publicado em 11 de junho de 2020 às 19h30.
A Apple lançou nesta quinta-feira (11) uma iniciativa pela justiça racial que conta com US$ 100 milhões de dólares, visando combater as constantes barreiras enfrentadas pelas minorias.
O chefe da gigante de tecnologia, Tim Cook, anunciou o fundo após semanas de protestos em massa nos Estados Unidos devido à morte de George Floyd, um homem negro, pelas mãos de um policial branco que o sufocou com seus joelhos enquanto o prendia.
"Seja na Apple ou em qualquer outro lugar da sociedade, a carga da mudança não deve recair sobre aqueles que estão subrepresentados", disse Cook em um vídeo publicado no Twitter.
"Cabe às pessoas em posições de poder, liderança e influência mudar as estruturas para um bem maior".
Cook lembrou no vídeo que cresceu no estado de Alabama durante o movimento dos direitos civis, exaltando as "pessoas de boa vontade" que marcou para exigir mudanças na sociedade.
"Estamos em um ponto importante de nossa história", acrescentou. "Um momento em que o progresso que foi muito lento parece pronto para dar um grande salto."
A iniciativa da Apple, que será liderada por Lisa Jackson, a primeira mulher negra a liderar a agência ambiental dos EUA, se concentrará primeiro nos Estados Unidos para depois se espalhar pelo mundo.
Seu objetivo é desafiar as "barreiras sistêmicas" das oportunidades que as minorias enfrentam, especialmente as comunidades negras, destacou Cook.
Prometeu um abordagem "holística" que inclui o apoio à educação, a organizações de direitos civis, a empresários negros e a promotores das minorias.
Cook enfatizou que a Apple "fará mudanças que afetem quase tudo o que fazemos", em um esforço por alcançar uma transformação na empresa e na sociedade.