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Após recusa da Tuv Sud, Vale busca outra empresa para auditar barragens

A Tuv Sud atestou a segurança da barragem que se rompeu há quase um mês e caminha para um saldo de mais de 300 mortos

VALE: com impactos do acidente em Brumadinho, empresa registrou prejuízo de 1,64 bilhão de dólares no primeiro trimestre de 2019 (Washington Alves/Reuters)

VALE: com impactos do acidente em Brumadinho, empresa registrou prejuízo de 1,64 bilhão de dólares no primeiro trimestre de 2019 (Washington Alves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 13h56.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2019 às 13h58.

Rio de Janeiro —  A Vale informou ao Broadcast que está buscando no mercado outras empresas para fazer auditorias em suas estruturas, depois que a alemã Tuv Sud avisou nesta terça-feira, 19, que não iria mais emitir Declarações de Estabilidade de Barragens (DCEs) para a Vale até que seja revisto o sistema de avaliação dessas DCEs.

A Tuv Sud atestou a segurança da Barragem 1 da mina da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, que se rompeu há quase um mês e causou a maior tragédia desse tipo de acidente com barragens do Brasil, que caminha para um saldo de mais de 300 mortos. Esta semana, o governo brasileiro proibiu a construção de barragens do tipo da mina da Vale em Brumadinho e exigiu que a mineradora desative as existentes.

"A Vale informa que está em contato com outras empresas reconhecidas no mercado para realizar as auditorias de suas estruturas, enquanto as autoridades apuram os fatos", informou a companhia por meio de nota.

Segundo a Tuv Sud em nota enviada à imprensa nesta terça, "há maior incerteza sobre a confiabilidade do atual sistema de DCEs (Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem) quanto às condições de estabilidade das barragens e se o sistema ainda pode ser considerado apropriado para uma proteção adequada contra riscos graves das barragens de rejeitos, em particular para a vida humana e o meio ambiente."

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