Refinaria da Petrobras em Pasadena: presidente da estatal afirmou que a Petrobras desembolsou, no total, 1,25 bilhão de dólares pela refinaria (Agência Petrobras / Divulgação)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2014 às 17h19.
A refinaria de Pasadena, no Texas, envolvida numa polêmica relacionada aos valores pagos pela Petrobras, deu lucro no primeiro trimestre deste ano, após a companhia realizar uma baixa contábil de 530 milhões de dólares.
"Temos uma refinaria que opera com segurança hoje. Temos uma refinaria que no mês de janeiro, no mês de fevereiro deste ano e de março deste ano deu resultado positivo", disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em audiência no Senado, em Brasília.
A executiva afirmou que a Petrobras desembolsou, no total, 1,25 bilhão de dólares pela refinaria, desde o acordo inicial com a belga Astra até o conturbado fechamento da compra, que envolveu questionamentos em câmaras de arbitragem nos EUA.
"Assim, o negócio originalmente concebido transformou-se num empreendimento de baixo retorno sobre capital investido", disse ela.
A Petrobras reconheceu baixas contábeis de 530 milhões de dólares relacionadas a ajustes no valor percebido da refinaria, disse Graça Foster.
"A partir daí, temos um ativo de qualidade, para o que propõe hoje", ressaltou a executiva.
A presidente da Petrobras disse que, a partir de 2012, Pasadena recuperou margens de lucro no refino, mesmo sem recuperar os excelentes patamares da época do acordo inicial, em 2006.
"Além da melhor performance operacional, nós temos o petróleo não convencional, leve, de Eagle Ford e de Bakken, que chegam à nossa refinaria com desconto menor", disse a executiva, referindo-se à oferta de petróleo de xisto de reservas exploradas nos últimos anos no interior dos Estados Unidos.