Ikea: a Ikea foi informada sobre a morte de uma criança, que se somou a outras cinco entre 1989 e 2014, todas ocorridas nos Estados Unidos (Spencer Platt/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2016 às 19h34.
A gigante de móveis sueca Ikea anunciou nesta terça-feira (28) a retirada, nos Estados Unidos e no Canadá, de cerca de 36 milhões de cômodas da linha Malm, após a morte de várias crianças, esmagadas por cômodas que desabaram.
Cerca de 29 milhões de cômodas voltarão aos depósitos da Ikea nos Estados Unidos e 6,6 milhões no Canadá, segundo os números anunciados pela direção do grupo nos dois países.
"A Ikea Estados Unidos e a Ikea Canadá lançarão hoje uma retirada local de cômodas exclusivamente na América do Norte", disse o porta-voz do grupo Ikea, Kajsa Johansson, à AFP.
Em março, a Ikea foi informada sobre a morte de uma criança, que se somou a outras cinco entre 1989 e 2014, todas ocorridas nos Estados Unidos.
Nos últimos dois anos, mais três crianças morreram nos Estados Unidos, e outras 17 - com idades entre 19 meses e 10 anos - ficaram feridas em 41 acidentes com as cômodas, segundo a Comissão de Segurança de Produtos do Consumidor (CPSC), que lançou uma advertência.
"Nenhuma dessas cômodas estava presa à parede, segundo as informações que temos", ao contrário do que indica o manual de montagem, disse o porta-voz.
A filial americana da Ikea pediu aos usuários "que parem de utilizar imediatamente" as cômodas que não tenham sido fixadas à parede.
As cômodas medem 60 cm de altura, no modelo para crianças, e 75 cm de altura no modelo para adultos.
No verão de 2015, a Ikea lançou nos Estados Unidos e no Canadá uma campanha para que os consumidores dessas cômodas do modelo Malm as prendessem na parede. Segundo o presidente da Ikea Estados Unidos, Lars Peterson, o aviso não foi suficiente.
A companhia disse ter vendido mais de 147 milhões de cômodas no mundo nos últimos 13 anos, mais da metade (78 milhões) da Malm.